Ebrahim terá carro pronto para andar na frente

Um carro de Stock Car encara altas temperaturas, circuitos abrasivos e ondulados, zebras altas e uma série de toques durante quase uma hora de corrida. O equipamento permite o contato direto entre os pilotos durante a prova e os esbarrões estão se tornando cada vez mais costumeiros dentro da pista, trazendo emoções e polêmica. Só que a valentia tem limite. Nas últimas corridas ficou claro que não se deve abusar da resistência do chassi. Um acidente mais grave pode comprometer toda a estrutura e tirar uma equipe das primeiras posições pelo resto do ano. O paranaense Wagner Ebrahim (Valorem/Sundown Bike & Fitnees/Kas Atletic) sentiu no início desta temporada a fragilidade do Stock Car e os problemas que uma batida pode causar. Somente agora, pouco antes da quinta etapa, ele acredita que terá condições de brigar por um lugar entre os oito primeiros novamente.

O otimismo de Wagner Ebrahim para a prova deste domingo (24), que será disputada no circuito de Curitiba (PR), não é apenas por correr em casa. Depois de quatro etapas muito distante dos líderes, a equipe Hot Car Competições foi buscar a origem de tanta complicação e encontrou dois problemas: um no motor e outro no chassi. Eles foram resolvidos e o piloto paranaense poderá exigir o máximo do carro outra vez. “Eu dei uma pancada muito forte nos treinos em Interlagos, na primeira corrida do ano, que entortou o chassi e nos deixou perdidos nas etapas seguintes. Nada que fazíamos no carro rendia resultados. Quando andamos novamente em Interlagos, agora em julho, e percebemos que não era possível melhorar, chegamos ao limite da situação. Desmontamos o carro inteiro e montamos tudo de novo, para começar do zero”, revela.

Nas quatro corridas que disputou com o chassi torto e um motor que causava problemas de equilíbrio, o máximo que Wagner Ebrahim conseguiu foi um décimo lugar na primeira prova. “Conseguimos resolver tudo o que precisávamos e vamos para Curitiba numa situação bem melhor. A corrida tem um significado especial para mim, porque é disputada na minha cidade. É muito legar poder chegar aqui com o carro em boas condições”, afirma Wagner Ebrahim, que faz sua segunda temporada na Stock Car e terá outra novidade nesta etapa: a equipe trocou a gaiola do carro e passou a utilizar fibra de carbono, reduzindo em 25 kg o peso do conjunto, o que ajuda a trabalhar melhor a distribuição do lastro. “Se com todos aqueles problemas já andamos entre os quinze em Curitiba, na segunda etapa, desta vez dá para terminar nas oito primeiras posições”, analisa.



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