Cacá Bueno tem vários motivos para buscar a sua terceira vitória na temporada de Stock Car V8. Além da briga pelo seu primeiro título da mais disputada categoria da América do Sul, ele também sonha em se dar um belíssimo presente de aniversário, pois no domingo ele completa 29 anos. Desde o início da temporada Cacá Bueno cita a quinta etapa do ano como a prova que pode indicar claramente os favoritos para brigar pelo título. Líder isolado, Cacá tem 82 pontos contra 39 de Giuliano Losacco, o segundo colocado, e 37 de Hoover Orsi, ganhador da última etapa. A corrida de domingo às 13 horas no Autódromo Internacional de Curitiba terá transmissão ao vivo pela SporTV.
“Disse desde o começo do ano que somente depois de Curitiba é que poderemos dizer, de verdade mesmo, quem está na briga pelo título. Para mim foi bom, pois os outros pontos foram bastante divididos entre vários pilotos e aliado a eu fui o único piloto entre todos a pontuar nas quatro primeiras etapas. A tendência é todos terem menos pontos do que nos anos anteriores”, disse Cacá.
Pontuar foi pura força de expressão, pois ele ganhou duas corridas, fez um segundo lugar em outra e na corrida de Interlagos, depois de fazer a pole position e perder a colocação por uma falha da equipe que, segundo os comissários técnicos, reabasteceu o carro fora do prazo permitido, largou em último e depois de 34 ultrapassagens, acabou na quinta colocação. Uma corrida excepcional numa categoria tão equilibrada quanto a Stock Car V8.
“Ainda falta muita coisa para se decidir o campeão de 2005. Em todos os anos o campeão tem 160, 170 pontos e ainda estou longe disso. Meu carro sempre andou muito bem em Curitiba e temos tudo para andar de novo na frente”, disse Cacá que tem 82 pontos com um terço do campeonato encerrado.
Experiente, Cacá evita citar o campeão de 2004 Giuliano Losacco como seu principal adversário na briga pelo título. Ele afirma que vários outros têm chances e volta a lembrar de Thiago Camilo e de Pedro Gomes segundo colocado em Interlagos como adversários perigosos e com bons carros.
“Também disse no começo da temporada que na minha opinião o Losacco seria somente mais um adversário. Se o Thiago e o Pedro não tivessem se envolvido em acidentes e tido problemas, com certeza estariam mais perto. Enquanto isso eu andei bem em todas as corridas, algo que os outros não conseguiram”.
Andar bem e marcar pontos em quatro corridas consecutivas, além de boa atuação do piloto requer também um carro bom. E isso a Petrobras-Action Power deu a Cacá Bueno nestas primeiras corridas do ano. Cacá reconhece o bom trabalho da equipe.
“Na minha opinião, mais importante do que a regularidade é a confiabilidade do carro. Quem consegue levar o carro até o final na zona de pontuação já dá um grande passo. Minha vantagem, que antes de Interlagos era de 36 pontos (70 a 34), subiu para 43 (82 a 39), o que é muito bom, pois a diferença aumentou e agora temos uma etapa a menos”.
Apesar do otimismo, Cacá reclama dos pontos perdidos pela desclassificação em Interlagos.
“A diferença é boa, mas poderia estar muito mais à frente, ainda, pois tinha boas chances de vencer. Cometemos um erro, larguei em último e ainda assim consegui chegar na frente dos meus mais diretos adversários. Está bom, mas tenho de manter a concentração em Curitiba”, completou o piloto de 28 anos.