Rodrigo Sperafico pode ser considerado uma das boas surpresas deste início de temporada da Stock Car V8. Em seu segundo ano na categoria, o piloto, que teve toda a carreira construída sobre monopostos, ocupa a quarta colocação, seis pontos atrás do vice-líder Giuliano Losacco e dois do também experiente Nonô Figueiredo. Sperafico descende de uma família com gasolina nas veias, pois vários outros membros do clã estão espalhados pelas pistas de todo o mundo. Rodrigo tem 28 pontos contra 30 de Nonô e 34 de Losacco, o campeão de 2004. Com duas vitórias e um segundo lugar, Cacá Bueno lidera com 70 pontos. Sperafico reconhece o bom início de ano, mas ainda sente falta de maior conhecimento do Stock Car para buscar um acerto que lhe dê condições de brigar pelas primeiras colocações no grid de largada e nas corridas.
“Essa tem sido minha maior dificuldade, pois o set up varia muito de pista para pista. Em Curitiba, eu e o Popó saímos cada um para um lado diferente para tentar ver a melhor configuração para o carro. Preciso melhorar minha média, pois mesmo tendo largado entre os 10 ou 12 primeiros tenho de crescer”, disse o piloto de 25 anos.
Apesar das reclamações, Sperafico está contente com os dois quintos lugares obtidos em Interlagos, na abertura da temporada, e em Curitiba, na segunda prova, Ele não reclama nem mesmo dos quatro pontos marcados com a 12ª colocação no Rio de Janeiro.
“Pelo que aconteceu em Jacarepaguá até que foi bom, pois fui muito prejudicado. Dei sorte, pois os adversários diretos na briga também marcaram poucos pontos. Estar em quarto lugar depois de três provas numa categoria disputadíssima como a Stock Car me deixa muito feliz, mas precisamos trabalhar mais para manter e até melhorar nossa posição”.
O piloto da WB Motorsport faz as contas e sonha com mais um bom resultado para se aproximar mais ainda dos primeiros colocados. Ele reconhece que Cacá disparou na frente e está difícil de ser alcançado. Já do segundo para trás, as possibilidades são reais.
“Tenho de tentar manter ou melhorar minha média de pontos nas corridas e, dependendo do que acontecer numa dessas provas, que pode ser até mesmo a de Interlagos no domingo, posso ser vice-líder do campeonato. Manter a média, ficar ali entre os primeiros é fundamental para buscar a primeira vitória, que numa hora dessas pode aparecer”, completou.
Os 4.309 metros da pista de Interlagos agradam, e muito, a Rodrigo Sperafico. Ele destaca a seletividade do circuito da capital paulista como um dos pontos mais desafiadores.
“Além do traçado, em Interlagos a gente nunca sabe quando vai chover ou não. Os vários tipos de curvas fazem o autódromo ter duas ou três pistas ao mesmo tempo. Quando chove, então, temos cinco ou seis”, brinca Sperafico.