WEC: Montadoras dos Hypercarros apoiam extensão do regulamento para 2032

A maior parte das montadoras dos Hypercarros apoia uma extensão do atual regulamento do Mundial de Endurance. Com isso, as regras seguiriam até a temporada 2032.

Oficialmente, o regulamento, que inclui carros construídos para LMH e LMDh, vai até 2029 após ter sido estendido em Le Mans no ano passado. Entretanto, há planos da FIA e ACO de empurrar a elegibilidade das plataformas até a próxima década.

Portanto, é esperado que um anúncio seja feito na edição de 2025 das 24 Horas de Le Mans.

O movimento é para promover mais espaço para as novas fábricas que se juntarão ao grid, Genesis, Ford e McLaren, que anunciaram programas para 2026 e 2027, respectivamente, bem como a possibilidade de OEMs adicionais que, de acordo com os boatos, estão avaliando programas.

“Vemos cada vez mais fabricantes se juntando ao campeonato e vemos como os campeonatos WEC e IMSA estão crescendo e chegando lá. Podemos dizer claramente que o que estamos fazendo funciona e esta é a primeira coisa. Por que mudar algo que funciona muito bem no momento?”, disse Andreas Roos, diretor da BMW M Motorsport, ao Sportscar365.

“Agradeço muito que já tenhamos estendido de 2027 para 2029, porque faz sentido. Também precisamos deixar claro que, na situação atual em que estamos, na indústria automotiva e em tudo, especialmente na economia, fazer grandes coisas revolucionárias talvez também seja um pouco difícil. Portanto, vemos que o atual conjunto de regulamentos funciona muito bem porque muitos fabricantes estão lá”, completou.

Já Olivier Jansonnie, diretor-técnico da Peugeot, afirmou que “há conversas sobre a extensão. Nosso ponto de vista é que faria sentido, mesmo que não haja nenhuma conversa oficial no momento. No fim das contas, isso precisa ser discutido e integrado ao regulamento técnico em algum momento. Acreditamos que faria sentido simplesmente porque não vemos a nova geração de carros chegando em 2030, especialmente se estivermos falando de hidrogênio, o que parece muito distante.”

“Mesmo que venhamos, no final, seria progressivo; haverá uma transição a ser gerenciada. Além disso, com os outros fabricantes entrando no WEC também com esses regulamentos [atuais] em 2027, e para eles competirem apenas três anos de corrida e tentarem criar algum valor para suas criações, é um pouco curto. Faria todo o sentido estender o prazo”, completou.

Na opinião de Mark Stielow, diretor de engenharia de competição da GM Motorsports, “estamos felizes em ver o carro atual se estender um pouco mais, mas definitivamente há muitas conversas entre todos os fabricantes originais, como ‘Como será o futuro?’. Temos muitas conversas em andamento com o WEC e o IMSA para tentar entender como isso se apresenta.”

Por fim, a Aston Martin, mais recente montadora na classe dos Hypercarros com o Valkyrie e apoiada pela Heart of Racing Team, também mostrou apoio. “Do meu ponto de vista, parece ser um conjunto de regulamentos que está funcionando. Não acho que precise haver uma revolução, talvez uma pequena evolução, eu acho”, falou Ian James.

“Acho que o regulamento básico e o conjunto de regras entre Hypercar, LMH, LMDh e GTP estão funcionando muito bem. Por que mudar? Qualquer coisa que possamos fazer para manter o maior número possível de fabricantes é uma coisa boa”, pontuou.

O diretor da Alpine, Philippe Sinault, acrescentou que “no momento, esta plataforma é um grande sucesso. Ela está estabilizada e a redução [de custos] é algo positivo para nós. Estamos satisfeitos com isso.”

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