André Negrão e a Alpine estrearam na principal categoria do WEC, a Hypercar, em 2021. Antes, o piloto havia disputado a LMP2, onde se consagrou campeão em 2018 e 2019.
Durante o primeiro ano na Hypercar, o time francês terminou todas as etapas no pódio, mas sem vitórias. Já na atual temporada, a história é diferente. A Alpine conseguiu ameaçar a hegemonia da Toyota, que vem de três títulos consecutivos nos últimos quatro anos.
André Negrão está na liderança do campeonato e pode levar o título na etapa final, às 8 horas do Bahrein, no dia 12 de novembro.
Em conversa exclusiva com o F1Mania.net, Negrão revelou quais pontos levaram para a virada de chave da Alpine no campeonato de 2022.
“Em 2021, a gente teve que adaptar várias coisas: em nós pilotos, no carro, que nunca tinha recebido essa tonelada de software, mas principalmente engenheiros e equipe, que não estavam acostumados a andar na categoria principal, com outro regulamento.”
“Coletamos muitos dados. A gente sabia que ia ser um ano muito difícil e realmente foi, porque nunca conseguimos chegar nem perto dos Toyotas. Em 2022, a gente falou: ‘Agora vamos com tudo!’”
Também, outro fator foi a mudança no fornecedor de pneus: “A própria Michelin fez um pneu específico só pra nós. Em 2021, a gente usava o pneu da Toyota, e o carro da Toyota é 4×4, e nosso carro não era, então o pneu dianteiro nunca esquentava, porque ele não foi feito pro nosso carro. Isso foi muito difícil no começo. Chovia ou fazia um pouquinho mais frio, o pneu da frente nunca funcionava”, contou André.
“Realmente 2021 foi um aprendizado fantástico pra ter em 2022 o campeonato melhor. Acho que foi isso que aconteceu. A gente fez a lição de casa em 21 pra colher em 22”, concluiu.
