A família de André Negrão tem tradição no automobilismo nacional, o pai, Guto Negrão, o tio, Xandy Negrão, e o primo, Xandynho Negrão, foram pilotos da Stock Car, colecionando pódios e vitórias na principal categoria brasileira.
André, no entanto, tomou rumos diferentes. O piloto natural de Campinas até começou sua trajetória no país, em 2006 foi vice-campeão brasileiro de kart, mas em 2008 estreou no automobilismo europeu, onde permanece até hoje correndo pela Alpine no WEC.
Em entrevista exclusiva ao F1Mania.net, Negrão respondeu se houve alguma pressão da família para disputar categorias nacionais: “Minha família é super conhecida no automobilismo, mas, graças a Deus, meu pai desde o começo sempre me deixou fazer o que eu queria. Não era porque ele era piloto, que eu devia seguir a mesma ‘profissão’ que ele”, destacou.
“Ele sempre foi muito claro, falou: ‘A partir do momento que você não quer, não precisa fazer.’ No começo, eu nem fui pro carro, eu fui pra moto. Sempre fui apaixonado por moto. Infelizmente, em 2016, sofri um acidente gravíssimo no Brasil, de moto de rua. Aí minha mãe falou: ‘Ou carro ou nada, moto você não vai correr’ ’’, apontou.
“Sempre tive a decisão: se quiser correr de carro, vou correr de carro; quero ser piloto de avião, vou ser piloto de avião; não quero fazer nada, não faz nada. Nunca teve essa pressão em cima de correr no Brasil, nada do tipo. Na verdade, meu pai sempre falou: ‘Você vai pra fora’.”
Contudo, André não descarta a possibilidade de disputar etapas no país: “Óbvio que tenho muita vontade de fazer alguma prova no Brasil. Fiz com meu pai ano passado, de Endurance, de Mercedes, que era o grande sonho poder correr pai e filho. Ano que vem vamos tentar fazer mais algumas provas.”
“Tenho vontade de andar de Stock, talvez não agora, mas, sei lá, uma prova de duplas, ser convidado. Acho super legal, vale a pena”, destacou.
