Binotto nega que entrada da Ferrari no WEC seja resultado do limite de orçamento da F1

O chefe da equipe Ferrari na F1, Mattia Binotto, negou que a decisão da Ferrari de entrar na nova categoria de hypercar do Campeonato Mundial de Endurance seja uma reação à introdução do limite de orçamento da Fórmula 1. A Ferrari fará o seu retorno à principal categoria de enduro em 2023, onde competirá ao lado da Peugeot e da Toyota na nova classe de hypercar de Le Mans.

A decisão da Scuderia italiana pareceria ser resultado do limite orçamentário da F1 e da necessidade da Ferrari de migrar a equipe para outros projetos a fim de cortar custos. Porém, Binotto insiste que esse não é o caso.

“Não, não é uma consequência dos regulamentos financeiros de forma alguma. Acho que o problema foi avaliado do ponto de vista da empresa. Interesse, de alguma forma, decidimos como a Ferrari se envolver”, disse Binotto.

Mattia Binotto também negou sua participação nesse novo projeto da Ferrari. “Eu estarei no comando? Em primeiro lugar, acho que devemos entender que a Ferrari é uma empresa unitária. Não importa quem está no comando e de quem eles são responsáveis, mas não, eu não estarei diretamente no comando”.

Os comentários de Binotto coincidiram com as falas feitas pelo ex-CEO da Ferrari, Louis Camilleri. Em entrevista no ano passado, ele indicou que a fabricante poderia olhar para outras formas de corrida para realocar seus recursos.

“O bem-estar de nossos funcionários, como comprovamos por meio desta pandemia, é a prioridade número um e, sim, estamos procurando realocar esses recursos para outras atividades. Uma dela, claramente e o mais importante, é transferir esses recursos para o lado da GT, que são os carros de rua, mas também potencialmente, o IndyCar é um deles”, afirmou Camilleri.

Desde então, a Ferrari descartou oficialmente a possibilidade de participar da IndyCar no curto prazo.

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