Sophia Flörsch e Chloe Chambers estiveram em Silverstone para dois dias de testes com carros da Fórmula 2 e Fórmula 3, respectivamente. Nos últimos dias 12 e 13 de julho, a dupla participou do programa que visa deixar os monopostos mais inclusivos a partir da temporada 2025.
O principal objetivo das atividades no circuito da Inglaterra foi de ajudar a definir os ajustes que consigam acomodar uma grande gama de competidores e, assim, tornar os campeonatos o mais acessíveis possível.
Portanto, os dois dias foram focados totalmente em configurações dos ajustes de todas as suspensões usadas durante o campeonato com o objetivo de se manter abaixo do nível de esforço de direção definido pela FIA. Nisso, ambas as competidoras foram capazes de testar uma série de ajustes em diferentes tipos de pneus, além de terem trabalhado com as frenagens, posicionamento do volante e na ergonomia geral dos carros.
Com isso, os dados coletados e o feedback de Chambers e Flörsch vai ajudar a definir as limitações de ajustes para os carros da Fórmula 2 e Fórmula 3 para 2025. Ao longo dos dois dias, Sophia completou 96 voltas com um carro da F2, enquanto isso, Chloe fez 97 voltas com um carro híbrido da F3 de 2019, com partes modificadas para simular o comportamento e demandas de um carro de 2025 da F3.
Após os testes, a alemã afirmou que “o objetivo do teste era que Chloe e eu testássemos os carros de F3 e F2, respectivamente, em termos de esforço de direção, porque a FIA e a F1 querem tornar ambos os campeonatos mais acessíveis a uma ampla gama de pilotos. Acho que as maiores diferenças foram as duas cremalheiras de direção e também as mudanças de caster. Quanto mais caster você coloca, mais pesado ele fica.”
“Com as cremalheiras de direção, para ser honesta, preferi a mais dura porque é muito mais direta e você pode ser muito mais agressivo nas curvas de alta velocidade, o que eu acho importante para ter downforce nos carros. Em geral, como piloto, você nunca sente tantas diferenças porque nunca focamos realmente no esforço de direção, então, aprendi muito nos dois dias. Também testamos diferentes compostos de pneus onde o esforço de direção também muda”, seguiu.
“Fizemos simulação de corrida também, onde fica mais fácil volta após volta. No final, encontrei uma configuração que gostei, que era o equilíbrio certo de esforço, ao mesmo tempo em que tinha um bom controle do carro e capacidade de ser agressivo e realmente ter confiança para forçar. A FIA e os promotores da F2 e F3 têm muitas simulações e metas que querem alcançar para onde querem chegar em relação ao esforço de direção nos próximos meses ou anos. Acho que é bom ver que estão trabalhando nisso e comparando dados da vida real com suas simulações. Tive muita sorte e fiquei feliz em ser uma das pilotas a ter a chance de pilotar o carro de F2 pela primeira vez”, completou.
Já Chambers afirmou que “o objetivo do teste era ter uma ideia do carro e dar meu feedback sobre a pilotagem, o peso da direção, o equilíbrio e outras coisas que podem ser melhoradas para a próxima geração. Este é um processo importante para tornar nosso esporte mais acessível para todos na escada para a F1. Claro que este é apenas o começo, mas acho que o teste é um passo positivo e que podemos fazer uma grande diferença. Fiz muitas voltas em condições diferentes e com pneus diferentes, então espero que meu feedback e dados sejam úteis para tornar os carros o mais acessíveis possível.”