Depois de testar o modelo R25 utilizado no GP da China pela Renault F1 Team, quando a equipe francesa conquistou o título mundial de construtores, o brasileiro Lucas Di Grassi agora acelerará dois diferentes carros da GP2, categoria imediatamente anterior à Fórmula 1 na escala do automobilismo internacional. Campeão do prestigioso Grande Prêmio de Macau de Fórmula 3 há apenas dez dias, Di Grassi testará nesta quinta-feira o carro da equipe italiana Durango Team. No dia seguinte, Lucas estará ao volante do GP2 da equipe britânica Super Nova International. Os testes de GP2 acontecerão no circuito francês de Paul Ricard e contarão com a presença de vários pilotos e equipes, já que se trata de um teste coletivo da categoria.
O fato de pilotar carros tão distintos em termos de potência, capacidade de aderência e tipos de comando não preocupa o brasileiro: “Justamente as grandes diferenças de um para o outro é que, no meu ponto de vista, facilitam as coisas em termos de pilotagem”, explica Di Grassi. “Existe um verdadeiro abismo de potência do F-3 para o GP2, e deste para o F-1. Então, você senta no carro e sabe ou não a técnica correta a ser utilizada. Exagerando bastante para as pessoas entenderem, é a mesma coisa de um motorista dirigir uma moto e, depois, um carro. São coisas totalmente diferentes, que exigem técnicas muito diferentes”, esclarece o brasileiro. Nesta quinta-feira, os treinos serão realizados das 6h às 9h e das 11h às 14h (horário de Brasília). No dia seguinte, a programação encerra-se às 13h.
Aos 21 anos, Lucas Di Grassi cumpriu em 2005 o segundo ano de seu contrato com o Renault Driver Development Program (ou Programa de Desenvolvimento de Pilotos da Renault), iniciativa da equipe de F-1 francesa para apoiar talentos com potencial de chegar à categoria máxima. Com a vitória em Macau – classificada de espetacular por membros da equipe francesa –, Lucas tem grandes chances de renovar o contrato para 2006, algo que é fundamental, pois a Renault patrocina integralmente a temporada de seus pupilos (em 2005, foram cinco no total; Di Grassi era o único brasileiro).