Equipes realizam treino em Interlagos nesta quarta-feira

A Fórmula 3 Sul-americana já começam a se preparar para a temporada 2009, com início marcado para os dias 23 e 24 de maio, no Autódromo Internacional Nélson Piquet, em Brasília. As equipes Prop Car Racing, Bassan Motorsport, Razia Sports, Cesário Fórmula e Kemba Kemba Racing farão amanhã, dia 13, no Autódromo de Interlagos, a partir das 8h, um treino coletivo com o novo carro que será usado pela categoria.

Durante as provas, os novos carros dividirão o grid com os monopostos da F3 Light, que volta ao calendário após dois anos de ausência. E o automobilismo brasileiro ganha mais força com a recém-criada Fórmula Universitária, categoria-escola cujo objetivo é complementar a formação de jovens pilotos que saem do kart.

Várias ações implementadas ao longo de 2008 pela 63MKT, gestora da categoria, ajudaram a F3 Sul-americana a recuperar o prestígio perdido nos últimos anos. Com o apoio da comunidade do automobilismo, dirigentes e patrocinadores, a categoria dá mais um passo para atingir um novo patamar de crescimento, sem perder de vista seu maior objetivo: ser uma escola formadora de pilotos, mecânicos, engenheiros e demais profissionais para categorias de ponta do automobilismo profissional.

Equipes

No total, já são nove as equipes confirmadas para a temporada 2009 da F3 Sul-americana, todas com tradição na categoria, comprovando a confiança dos times na nova gestão. São elas: Prop Car Racing, Cesário Fórmula, Dragão Motorsport, Baumer Racing, Kemba Racing, Cesário Fórmula Junior, Bassan Motorsport, Comtec Motorsports e Razia Sports.

As novidades de 2009

Uma das mudanças é a correção da defasagem tecnológica com a estreia dos novos chassis F309 SA, fabricados pela italiana Dallara. Com isso, os pilotos da F3 Sul-americana passam a utilizar o mesmo equipamento da F3 Inglesa, considerada a mais avançada da modalidade. A evolução dos carros se dá principalmente na parte aerodinâmica, cuja melhoria pode chegar a até 12% em relação ao modelo F301, e a 3% em relação ao modelo F308, usados em 2008 na F3 Europeia e na F3 Inglesa.

Outro grande destaque será a transmissão ao vivo das corridas, pelos canais Bandsports e Speed Channel. Na Internet, as provas serão transmitidas pela portal Race TV – www.racetv.com.br -, inclusive em inglês, para internautas de outros países. No total, o campeonato terá nove rodadas duplas, incluindo as da Argentina (Buenos Aires) e do Uruguai (Piriápolis).

No canal Bandsports, além das corridas, haverá a transmissão de reportagens especiais sobre a F3 Sul-americana no programa SuperMotor e no noticiário do canal BandNews.

“As mudanças trazidas para esta temporada certamente posicionam a F3 Sul-americana como uma alternativa real às categorias norte-americanas e europeias, com o mesmo nível de excelência do ponto de vista tecnológico e um custo altamente competitivo. O objetivo é servir como uma plataforma de treinamentos para jovens talentos do automobilismo sul-americano. Nosso principal objetivo é trabalhar de forma contínua para consolidar a F3 como a mais importante categoria para a formação dos pilotos em monopostos”, explica Dilson Motta, sócio-diretor da 63MKT, empresa responsável pela gestão da categoria.

Histórico

Criada em 1987, tendo origem na extinta Fórmula 2 e sob supervisão da Codasur (Confederação Desportiva Automobilística Sul-americana), desde o início a F3 Sul-americana atraiu o interesse de pilotos de diversos países, principalmente do Brasil e da Argentina, em função de sua constante evolução técnica e da complexidade exigida no acerto dos carros, tanto no aspecto aerodinâmico quanto mecânico.

Em 22 anos de história, a categoria tornou-se responsável por revelar excelentes pilotos do automobilismo latino-americano, e que hoje são reconhecidos internacionalmente, como Rubens Barrichello, Nelsinho Piquet, Nestor Furlan, Hélio Castroneves, Christian Fittipaldi, Cristiano da Matta, Ricardo Zonta, entre outros.

Em 2008, a alta competitividade foi o que mais marcou a temporada, o que resultou em diversas disputas por posições. Este item acabou levando a definição do campeonato para a última etapa, em Interlagos, que sempre foi palco de grandes decisões do automobilismo esportivo.

No final, o título ficou nas mãos do paulista Nelson Merlo, da equipe RC3 Bassani, e como prêmio o piloto fez, em janeiro, um teste na Indy Lights, pela equipe Sam Schmidt Motorports, onde compete a brasileira Bia Figueiredo, que também teve passagem pela F3 Sul-americana.

Fórmula 3 Light

Depois de dois anos ausente do calendário, a Fórmula-3 Light ressurge com os carros F301 usados pela categoria principal em 2008 e equipados com o motor Berta. A diferença em relação aos carros da categoria principal é que a potência será reduzida com a diminuição de mil giros do motor e os pneus vão desgastar menos. Tudo isso para garantir o aprendizado dos pilotos.

No final do campeonato, os três primeiros colocados na classificação geral terão seu ingresso facilitado na categoria principal em 2010 com um pacote de descontos.

Fórmula Universitária

A Fórmula Universitária, criada em parceria com a nova gestão da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), surge com planos de se tornar a nova categoria-escola do automobilismo brasileiro, com o objetivo de complementar a formação dos pilotos antes do ingresso na Fórmula 3 Light.

A Fórmula Universitária contará com a participação de no máximo 20 universidades brasileiras, envolvendo alunos e professores de diversos cursos, que atuarão no preparo dos carros e na formação de uma equipe profissional de automobilismo. As universidades vão competir entre si, como equipes, e receber pontos por desempenho baseados nos resultados obtidos na pista.

“A idéia é envolver estas pessoas na competição, direta ou indiretamente, para que conheçam na prática o que é passado em sala de aula. Alunos de diversos cursos poderão participar da rotina de uma equipe de automobilismo antes, durante e depois de cada corrida”, explica Dilson Motta.

Um dos diferenciais da Fórmula Universitária está no desenvolvimento de ações sociais em benefício não só dos pilotos como também da população carente das regiões onde se localizam os autódromos usados em cada disputa.



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