Com um grid formado quase em sua totalidade por novatos, o Campeonato Sul-Americano de Fórmula 3 disputa mais uma rodada dupla no próximo final de semana, no circuito de Santa Cruz (RS), um traçado desconhecido por todos os pilotos. Será também nesta pista que o goiano Rodolpho Santos (Neo Química/Palu Suisse/Wurth) experimentará seu Dallara/Ford-Berta pela primeira vez diante de toda a concorrência depois do forte acidente sofrido na rodada de Londrina (PR), quando seu carro foi seriamente avariado ao ser atingido na lateral por outro F-3 em alta velocidade.
“O monocoque foi completamente refeito e aprovado pela Dallara após vários testes de impacto e resistência. Por isso, desempenho e segurança não devem ser afetados”, observou o goiano. “Mas fica sempre a impressão de que você tem que acelerar o carro com todo mundo na pista para provar de vez que o desempenho é o mesmo. Com o carro novamente em condições, tenho condições de brigar pelo pódio. Pelo menos esse é o nosso objetivo em Santa Cruz”, diz o jovem piloto de 18 anos da equipe Amir Nasr Racing.
Precaução – Por uma questão de segurança, devido ao fato de os pilotos não conhecerem o traçado e por conduzirem os carros de corrida mais velozes da América do Sul, a organização resolveu conceder ao jovem grid da categoria um dia extra de treinos, já nesta quinta-feira. “É bem melhor assim. Num campeonato em que praticamente só há novatos, é ótimo ter um dia com treinos extras para termos referências nas sessões oficiais, e também para não comprometer todo o final de semana logo na sexta-feira com algum acidente ou problema mais grave no carro”, opina Rodolpho Santos.
“O primeiro dia será basicamente exploratório”, continua Rodolpho Santos. “Vamos inicialmente fazer o reconhecimento dos 3.530 metros do circuito. O truque nesta fase é entrar na pista e fazer voltas sem parar a fim de pegar a mão do traçado. Só depois vamos começar o processo de acerto do carro, pois primeiro temos que atingir um tempo de volta mínimo para que as informações sejam úteis em termos de registrar voltas rápidas nas tomadas de tempo”, explica o goiano.
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