Em sua segunda temporada no Campeonato Sul-Americano de Fórmula 3, o jovem Diego Nunes (Chocolates Garoto/Aura) vem mostrando muita velocidade quando entra na pista: nas cinco tomadas de tempo realizadas em 2006, Nunes conquistou a pole em três oportunidades. As tomadas são exatamente o momento no qual os pilotos andam em seu limite, procurando obter a volta mais perfeita e veloz possível, não se incomodando com o desgaste dos pneus, cuidado que os obriga a moderar seu desempenho durante uma prova.
Neste fim de semana, no veloz Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Brasília (DF), na rodada dupla da F-3, válida pela 6ª e 7ª etapas do campeonato, Diego parte em busca de um bom resultado para subir na tabela de pontuação, onde ocupa a sétima posição, com 12 pontos. O líder é Mário Moraes (38), seguido por Bia Figueiredo (21) e Luiz Razia (20). “Brasília será fundamental para que eu me mantenha no grupo dos que têm condições de brigar pelo título”, resume o piloto da Chocolates Garoto/Aura, que defende a equipe Bassani Racing. “Minha meta aqui é somar pontos e encostar no Marinho (Moraes). E eu estou muito confiante”, conclui.
O piloto da Bassani Racing quer aproveitar sua boa fase para vencer em Brasília, pista onde já conquistou também uma pole em 2004, quando corria na Fórmula Renault. “Até agora, mesmo não tendo vencido, o campeonato está bom para mim, não tenho muito do que reclamar. Marquei três poles e uma melhor volta e só não venci ainda porque não chegou a hora. Espero que seja agora em Brasília”, analisa o piloto de 19 anos da Bassani Racing.
Na primeira rodada do ano, em Curitiba (PR), no mês de março, Diego Nunes marcou a pole position para a primeira corrida, e largou na segunda posição na prova do domingo. Entretanto, teve problemas nas duas etapas e acabou abandonando. “Na primeira corrida, eu liderava tranqüilo, mas um problema no rádio me impediu de escutar o comando da equipe na hora que começou a chover”, explica Diego, que, com pneus para pista seca, acabou batendo. Na 2ª etapa, recebeu uma batida por trás de Mário Moraes (Bassan Motorsport) e perdeu a chance de buscar a vitória. “Provamos que o nosso carro é bom, bem acertado. Infelizmente saí da primeira rodada sem nenhum ponto na tabela, mas mesmo assim confiante de que bons resultados estariam por vir”.
E se na primeira rodada o domínio foi do baiano radicado em Brasília Luiz Razia (Dragão Motorsport), que venceu duas vezes, na Argentina a Fórmula 3 Sul-Americana viu o paulista Mario Moraes ganhar as três corridas. Lá, Diego obteve mais duas poles e saiu da complicada prova argentina com 12 pontos: abandonou a primeira corrida, novamente depois de um toque na traseira, mas marcou um segundo e um quinto lugares nas duas provas seguintes.
“Cheguei em Santa Fé com um grande problema, que era não poder contar com o meu próprio carro”, disse Diego Nunes, que, uma semana antes da rodada tripla, bateu forte seu Dallara/Berta no treino coletivo em Interlagos (SP) e teve de correr na Argentina com um chassi emprestado por Luiz Razia. “E levando em conta que era uma pista muito difícil e a gente não poderia bater forte de jeito nenhum, os pontos que conquistei na rodada foram muito bons. Poderia ser melhor? Claro que sim, mas temos de olhar para a frente sempre, é preciso ver o cenário todo em termos de disputa pelo título”, pondera o piloto da Chocolates Garoto/Aura.
Agora, na rodada dupla em Brasília, Diego espera poder contar com um carro competitivo e deixar a Capital Federal com mais pontos e, se possível, a vitória. “Brasília é uma pista complicada porque o asfalto é muito abrasivo e o consumo de pneus acaba sendo muito alto. São mais de cinco quilômetros de extensão, então a estratégia tem de ser pensada a cada volta”, analisa o piloto da Bassani Racing.
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