Na última semana, o brasileiro Marcello Thomaz (Nova India/Santa Nilza) realizou treinos de reconhecimento nos circuitos argentinos de Rafaela e Paraná, justamente os dois próximos desafios do Campeonato Sul-americano de Fórmula 3. Líder do torneio, Thomaz utilizou um Dallara F394 e um Ralt RT34 da equipe Gabriel Werner, ambos equipados com motor Renault, e considerou muito proveitoso o trabalho realizado em solo argentino.
“O Campeonato está equilibrado e agora vai entrar na parte decisiva, onde qualquer detalhe será fundamental. A maioria dos meus adversários já conhecem os próximos circuitos, então optamos em realizar alguns treinos para quando chegar nos fins de semana de corrida eu já conhecer os traçados”, explicou Marcello.
O circuito de Rafaela receberá a 6ª rodada nos dias 3 e 4 de setembro e, segundo Thomaz, deverá proporcionar corridas bem equilibradas devido a suas características. “É uma pista muito rápida formada pela metade de um circuito oval e um trecho misto que conta com apenas três curvas. Com isso acredito que todo mundo andará embolado além da expectativa de atingirmos cerca de 270 km/h de velocidade máxima”, disse. “Já o circuito de Paraná também apresenta uma parte bem rápida, com um traçado bem interessante mas a ondulação no asfalto é sua principal característica”, concluíu o piloto se referindo ao circuito que receberá a 7ª rodada do temporada nos dias 10 e 11 de setembro.
Acompanhado nos treinos pelo argentino Christian Kissling, um dos engenheiros da equipe Full Time Sports, Marcello ainda pode comprovar a evolução dos carros da categoria ao andar no Dallara de 1994 e também no Ralt de 1990. “É impressionante comprovar a evolução que a categoria teve nesses 15 anos. O carro de hoje é muito mais preciso e estável em sua trajetória, além de mais sensível a qualquer alteração feita no seu ajuste. O Dallara F394, que segundo os membros da equipe que treinei foi utilizado pelo Giancarlo Fisichella nos seus tempos de Fórmula 3, é um carro que já possuí monocoque de fibra de carbono parecido com os atuais. Já o Ralt é de 1990, ano em que o Mika Hakkinen foi campeão inglês da categoria usando esta marca de carro, e com um modo de constução mais antigo o carro chacoalha inteiro nas curvas. Chega a dar um frio na barriga em curvas mais rápidas, pois hoje sabemos que se trata de uma tecnologia ultrapassada. Mas foi uma grande experiência.”, reconheceu Marcello.
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