Exclusivo: Tim Mayer mira iniciativas para “próxima geração de pilotos da América Latina”

Tim Mayer é o candidato que quer enfrentar Mohammed Ben Sulayem nas eleições para presidência da FIA no final de 2025. E em sua trajetória no mundo do esporte a motor, tem uma relação bastante profunda com a América do Sul, especialmente com o Brasil e até mesmo com Emerson Fittipaldi.

Envolvido no automobilismo desde muito cedo – seu pai foi uma força dentro da McLaren e chegou a assumir o negócio após a morte de Bruce nos anos 70 -, Tim trabalhou com o piloto brasileiro de Fórmula 1 entre as temporadas de 1992 a 1994. Ainda, esteve envolvido com as transmissões da Indy no Brasil, além de trazer a categoria para o país.

Em entrevista exclusiva ao F1MANIA.NET, então, o dirigente explicou sua relação com o Brasil e a América do Sul. “Bem, o meu primeiro trabalho em automobilismo, na verdade, foi trabalhando para o Emerson Fittipaldi. Eu conheci o Emerson porque meu pai era envolvido com a McLaren há muito tempo. Então, quando o Emerson ganhou o campeonato em 1974 com a McLaren, eu tinha oito anos e o conheci lá. Então, tendo crescido, depois de estar na universidade, no exército e muitas outras coisas, eu fui trabalhar para o Emerson”, contou.

Exclusivo: Tim Mayer mira iniciativas para "próxima geração de pilotos da América Latina"
Foto: James Moy / XPB Images

“E foi aí que eu comecei, em 1992, foi a primeira vez que eu vim ao Brasil sozinho e comecei a trabalhar aqui. Eu trabalhei com a Bandeirantes, com o SBT, e com muitas das emissoras de televisão transmitindo Indy. Conseguimos construir o circuito de corrida em Rio de Janeiro, em Jacarepaguá. Conseguimos trabalhar com muitos dos incríveis pilotos brasileiros, se for o Emerson ou até agora, você olha para os pilotos brasileiros que estão na Indy”, seguiu.

“Então, tem sido uma relação com o Brasil para mim. Eu fui o presidente dos comissários aqui na Fórmula 1 por muitos anos. Sou muito familiar com o circuito de Interlagos, mas também, muito tempo atrás, estava ajudando com o campeonato da Fórmula 3 Sul-Americana e viajei ao redor do Brasil; ajudei com a Fórmula Truck e fui ao redor do Brasil. Então, tem uma história profunda para mim com o Brasil”, emendou.

E participando das eleições presidenciais ao final do ano, caso seja eleito, quais as primeiras medidas a tomar na América do Sul? “A primeira coisa que precisamos fazer é fazer a FIA um lugar respeitado, transparente, com boa governança. E depois, precisamos modelar isso para os clubes de esporte e os clubes de mobilidade em todo o mundo, incluindo aqui na América do Sul”, contou ao F1MANIA.NET.

“Precisamos nos focar nas iniciativas financeiras para os clubes em todo o mundo. O Brasil tem uma herança profunda no esporte, mas os países ao lado não têm. E eles lutam muito com suas iniciativas no automobilismo. Então, precisamos encontrar financiamento, dinheiro, recursos, treinamento, e trazê-lo aos clubes de membros aqui na América do Sul, para que possamos ter a próxima geração de pilotos e equipes que vêm da América Latina.



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