A FIA divulgou um comunicado oficial em resposta à surpreendente candidatura de Tim Mayer, que pretende concorrer ao cargo de presidente da entidade, atualmente ocupado por Mohammed Ben Sulayem.
No texto, a Federação Internacional de Automobilismo reiterou seu ‘compromisso com a imparcialidade e com a preservação do tratamento igualitário entre os candidatos’, destacando que todos os membros de sua equipe estão obrigados a manter ‘estrita neutralidade’ ao longo do processo eleitoral. A escolha do novo presidente acontecerá durante as assembleias gerais marcadas para o dia 12 de dezembro deste ano.
A candidatura de Mayer foi anunciada na última sexta-feira, em uma coletiva de imprensa nas proximidades de Silverstone, palco do GP da Inglaterra de Fórmula 1 neste final de semana. Durante o lançamento da campanha, o norte-americano criticou a atual gestão de Ben Sulayem, classificando-a como um ‘reinado de terror’ desde que o dirigente assumiu o posto no fim de 2021, sucedendo Jean Todt.

Mesmo com o tom crítico, Mayer afirmou que sua decisão não tem caráter revanchista, mesmo após ter sido afastado do cargo de comissário da F1 em novembro passado: “Não sou um revolucionário. Sou alguém que pretende levar isso adiante com evolução”, afirmou.
Ele reconheceu que derrotar Ben Sulayem não será tarefa fácil: “Será um esforço hercúleo”, disse ele, destacando que acredita ser possível promover mudanças significativas sem ‘quebrar o sistema’.
A FIA, por sua vez, enfatizou que o processo eleitoral é estruturado e democrático, seguindo seus estatutos e contemplando representantes dos pilares do Esporte e da Mobilidade com direito a voto. A entidade também afirmou que continuará atuando normalmente em todas as suas áreas até a definição da nova presidência.