Tim Mayer é o nome que vai se candidatar à presidência da FIA e enfrentar Mohammed Ben Sulayem nas eleições em dezembro. E falando sobre a atual governança, apontou como a falta de transparência acontece pelo poder estar em volta de apenas uma pessoa.
O atual presidente da entidade máxima tem encarado inúmeras críticas por seu trabalho – desde decisões polêmicas até normas que não agradam até mesmo os pilotos de Fórmula 1. Ainda, recentemente, um dos clubes fundadores da FIA divulgou uma carta com duros comentários contra o dirigente.
Então, durante as 6 Horas de São Paulo em Interlagos, o F1MANIA.NET conversou com Mayer. Quando questionado sobre a falta de transparência atual da FIA, o candidato afirmou que “bem, a transparência, de novo, é… A razão pela qual não temos transparência no momento é simplesmente que estamos olhando para a maior centralização de poder na história da FIA, em uma pessoa. O poder da FIA é seus clubes de membros, e temos engajá-los realmente em uma conversa.”

“Temos de ouvir suas vozes. Temos de respeitar a crítica. E a transparência é sobre abrir a porta e deixar as pessoas olharem e criticar o que você faz. Eu sempre achei que a crítica é o primeiro passo para fazer melhores decisões. Então, para mim, a primeira coisa é estar aberto a criticar, aberto a diálogo, e podemos ir para frente a partir daí”, seguiu.
Ainda, nos últimos tempos, membros chave do corpo governamental têm sido demitidos ou até mesmo estão renunciando aos cargos, e muitos não poupam as críticas a Mohammed. Perguntado se isso afeta a confiança na entidade de uma maneira geral, Mayer admitiu que, sim, afeta. “A confiança na FIA é sobre encontrar pessoas realmente boas, oferecê-las uma visão, e então emponderá-las a fazer o trabalho”, falou ao F1MANIA.NET.
“Mas isso não é o que vemos na FIA. Nós vemos ideias vindo de uma pessoa, principalmente. Quando você não concorda, ele te empurra para fora. Isso não é o jeito que organizações efetivas funcionam. Você tem de empoderar as pessoas que trabalham para você. Então, no geral, acho que isso é realmente problemático, é problemático para os partes interessadas. Eles não veem um plano, veem a gente fugindo de uma crise para outra. A FIA tem que ter uma visão, nós temos que ir em direção dela”, concluiu.
