O chefe da Mercedes, Toto Wolff, revelou que está em um diálogo diário com Lewis Hamilton em uma tentativa de ajudá-lo a reacender seu amor pela F1 e evitar a possibilidade de o heptacampeão não retornar na próxima temporada.
Depois do anúncio que a Mercedes não iria apelar de uma decisão dos comissários do Grande Prêmio de Abu Dhabi, Wolff afirmou que Hamilton estava desiludido e que havia uma possibilidade de ele não voltar para a categoria.
O chefe de equipe afirmou que as decisões de Michael Masi nas voltas finais, que levaram Max Verstappen da Red Bull a ser coroado campeão, causaram dor e angústia no piloto britânico. “Estou em um diálogo diário com ele, mas também respeito que não há muito o que falar no momento”.
“Cada um de nós lida à sua maneira com os sentimentos que temos no momento. Só preciso fazer o possível para ajudá-lo a superar esses sentimentos iminentes que ele tem para que volte forte, com amor pelo esporte e confiança na tomada de decisões no próximo ano”, disse Wolff.
O chefe da equipe alemã confirmou que Hamilton foi fundamental no lançamento do protesto inicial no domingo e na determinação de não prosseguir com o apelo. No final, foi decidido que pouco se ganharia arrastando o assunto para o Tribunal Internacional de Apelação, apesar da força do argumento legal da Mercedes.
“Cada passo no caminho foi uma decisão conjunta. Decidimos, juntamente com Lewis, protestar, lançar o recurso e retirá-lo. Não só para ele, mas também para nós como equipe, foi terrível ser confrontado com uma decisão que decidiu o resultado do campeonato mundial. Porém, nenhum de nós, queremos ganhar um campeonato mundial no tribunal”, afirmou Wolff.
Apesar de não querer apelar nos tribunais, Wolff deixou claro que as decisões do último GP prejudicaram Hamilton e a equipe. “Por outro lado, fomos profundamente injustiçados no domingo e não foi apenas um caso de má decisão, foi uma leitura livre das regras e deixou Lewis como um alvo fácil”.
“Foi tremendamente difícil para ele e para nós como equipe retirarmos o recurso porque fomos injustiçados e acreditamos profundamente que na F1, a justiça está sendo feita. Então, minha alma e meu coração clamam que isso deveria ter sido julgado da maneira certa e que a situação legal nos teria dado algum direito. Mas esta é a diferença entre estar certo e obter justiça”, concluiu Wolff.
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