Wolff admite que futuro de Hamilton é incerto na F1 após derrota para Verstappen

O chefe da Mercedes, Toto Wolff, admitiu que o futuro de Lewis Hamilton na Fórmula 1 é incerto, após a dor de sua derrota no campeonato mundial de pilotos deste ano.

A Mercedes decidiu não apelar sobre o polêmico fim do GP de Abu Dhabi. O britânico foi ultrapassado pelo rival do campeonato Max Verstappen após um reinício na última volta da corrida. Segundo a equipe alemã, a situação infringiu os regulamentos da F1.

Hamilton não participará da cerimônia de premiação da FIA, da qual ele é obrigado a comparecer depois de terminar em segundo lugar no campeonato mundial. Wolff também decidiu não comparecer na cerimônia. “Não estarei lá por causa de minha lealdade a Lewis e por causa de minha integridade pessoal”, explicou ele.

O piloto britânico assinou um novo contrato de dois anos com a Mercedes em julho, mas com os acontecimentos do final da temporada gerou especulações de que ele pode não retornar. O chefe da equipe espera que Hamilton continue na categoria. “Espero muito que Lewis continue correndo, porque ele é o maior piloto de todos os tempos”.

Porém, Wolff admitiu que o resultado da corrida de domingo afetou seu piloto. “Se você olhar do ponto de vista das últimas quatro corridas, ele dominou no domingo. Não restou dúvida de quem venceu a prova e que valia a pena vencer o campeonato mundial. Portanto, trabalharemos com os eventos nas próximas semanas e meses”.

O chefe da Mercedes está esperançoso de que Hamilton continue. “Eu acho que, como um piloto, seu coração dirá ‘Eu preciso continuar’, porque ele está no auge de seu jogo. Mas temos que superar a dor que foi causada nele no domingo, também porque ele é um homem com valores claros, é difícil entender o que aconteceu.”

“Lewis e eu estamos desiludidos no momento. Não desiludidos com o esporte, amamos o esporte com todos os ossos do nosso corpo, e o amamos porque o cronômetro nunca mente. (…) Então vai demorar muito para digerir o que aconteceu no domingo. Acho que nunca vamos superar isso”, afirmou Wolff.