Vacinação dos funcionários da F1 no Bahrein poderia ocasionar um problema de relações públicas

Muitos países têm uma política de vacinação contra a COVID-19 que é implementada em etapas em todas as faixas etárias, mas é claro que sempre há exceções. O Bahrein, por exemplo, ofereceu a todos os seus funcionários da Fórmula 1 uma vacinação durante os testes de pré-temporada. Um gesto nobre que por si só faz sentido, visto que pessoas de todo o mundo viajaram para um ponto central. No entanto, isso também criou um dilema.

As equipes sediadas no Reino Unido deram aos seus funcionários a liberdade de escolher, vacinar no circuito ou de acordo com os protocolos do Reino Unido. Um dos exemplos, é que Max Verstappen já foi vacinado, enquanto de acordo com o cronograma holandês ainda não é a sua vez.

Para a F1, no entanto, a situação era um pouco mais complicada. Em termos de viagens contínuas, quanto mais cedo for a vacinação, melhor, mas em termos de relações públicas pode ter um impacto negativo. No momento em que todos na Fórmula 1 fossem vacinados, o efeito poderia ser que a F1 teria um ‘status especial’. Isso, por sua vez, poderia criar manchetes negativas e, claro, uma reação negativa nas redes sociais.

Com a ideia de relações públicas em mente, a Fórmula 1 não aceitou formalmente a oferta do governo do Bahrein. Um representante do esporte disse ao site ‘Autosport.com’ que a F1 “não tinha planos de ser vacinados como um grupo itinerante antes do lançamento já estabelecido de vacinas através do sistema de saúde no Reino Unido.” Ou em outras palavras, eles não queriam se antecipar para evitar relações ruins com o próprio público.