O GP de São Paulo de F1 está já na preparação para a realização em 2021. Inclusive, os ingressos para a corrida que acontece em novembro já começaram a ser vendidos e esgotaram no primeiro lote. E afinal, quem comprou e por quê? Ou por que decidiu deixar para depois?
Para responder essa questão, o F1Mania.net foi atrás de quem já garantiu a entrada para a etapa em Interlagos e também procurou quem acabou optando por seguir a cabeça ao invés do coração e deixou para ir à corrida em uma próxima oportunidade.
Mariela Brogio já garantiu sua presença no autódromo paulistano. Apaixonada por F1, contou que vai ser a primeira vez que vai assistir ao esporte que tanto ama de perto. “Vai ser o primeiro [GP]. É a realização de um sonho, de verdade. Até chorei quando recebi a confirmação da compra do ingresso”, contou ao F1MANIA.
E a torcedora já contou que convocou um grupo para poder ir acompanhar de perto a principal categoria do automobilismo mundial. “[Vou] Com as minhas amigas do GLR [Girls Like Racing, grupo de mulheres apaixonadas por esporte a motor] Coração vermelho”.
Mariela seguiu explicando o motivo de ter optado comprar já na pré-venda e se tem algum receio de que a corrida não aconteça como o programado. “[Comprei] Porque é um sonho que eu queria muito realizar, e um esporte que eu amo. Receio, não. Se acontecer, paciência. A gente espera 2022. O receio que tenho é de não conseguir ter tomado a segunda dose até o dia do GP”, pontuou.

Por fim, qual a expectativa para a corrida que volta ao Brasil depois de não ter sido realizada em 2020? “Essa me pegou… como boa ferrarista que sou, eu espero – iludida – que a Ferrari vá bem, visto que 2019 ambos não terminaram a corrida – infelizmente vocês devem lembrar muito bem. Mas tenho expectativas boas com relação ao [Max] Verstappen, de novo”, concluiu empolgada.
Já Beatriz Rosenburg preferiu não arriscar a compra dos ingressos em um primeiro momento. Primeiro, contou ao F1MANIA que já esteve presente em GPs anteriores – portanto, teria direito a comprar no primeiro lote. “Eu fui em 2012 e 2013, mas nesses dois anos eu só fui na classificação”, disse.
“Como eu não tinha dinheiro, consegui os ingressos para comprar. Depois fui para o três dias de Interlagos em 2016, 2017 não fui, aí 2018 e 2019 eu fui. Final de semana completo foi três, mas já tinha ido antes. Foram cinco vezes que já fui para Interlagos”, continuou.
Portanto, apaixonada pelo esporte, contou que a decisão de não adquirir a entrada não foi fácil. “A F1 me deixa irracional em relação a gastos, sempre fico balançada. Se agisse racionalmente, se fosse um show de algum cantor, não compraria, mas como era F1 eu fiquei muito indecisa e fiz um Power Point para escrever os prós e contra. E eu não sou de São Paulo, então teria de ver passagem, hotel…”, pontuou.
“E assim, no possível cancelamento, ok, tem o ingresso no ano que vem, mas teria prejuízo da passagem aérea e da hospedagem. Então, fiquei pesando muito isso e outra coisa que me fez pesar foram os protocolos que vão ser adotados. A empresa respondeu que os clientes terão de seguir os protocolos adotados pelos governantes. Mas nem eles sabem quais são os protocolos”, disse.
“Os governantes podem chegar perto do evento e falar que precisa das duas doses de vacina. Eu já estou no calendário da minha cidade, mas não tenho certeza se vai certinho. Podem afirmar que é só PCR, fica a critério deles. E quando você compra ingresso e não tem reembolso, fico com medo de precisar das duas doses de vacina, mas quando comprou não sabia. Não comprei mais pelo prejuízo financeiro que poderia ter”, continuou.

E Beatriz acha que a corrida vai acontecer? “O meu lado racional acredita que a prova vai ser cancelada. A vacinação não garante a imunidade completa, você ainda pode transmitir o vírus e ainda estamos com alto nível de disseminação do vírus na população. Fico receosa se até lá, ou meses antes, se o Brasil vai estar controlado. Isso não depende da organização do evento, foge do controle deles. Acho que vai ser cancelada e falo isso com o coração chorando”, opinou ao F1Mania.net.
Mas Bia contou que cogitou comprar, sim, o ingresso. “A F1 me faz agir de forma irracional na questão financeira. Sou muito mão de vaca, sou conhecida por ser uma pessoa que poupa, sou muito planejada. Mas quando é F1 eu me transformo. Cogitei, sim. E quando falaram que se for cancelada passa para 2022, fiquei balançada porque é garantido para o ano que vem, mas tantas incertezas me fizeram desistir”, contou.
A última ida de Beatriz ao GP do Brasil foi ao lado da amiga Ana Luiza Kalil, que morreu em 2020 decorrente de um câncer. Emocionada, a carioca falou que a expectativa para estar na corrida em 2021 era reencontrar os amigos e quem a apoiou durante o difícil período do último ano.
“Queria ver as pessoas que ficaram ao meu lado depois de tudo. Estou com uma saudade gigante das minhas amigas, o que pesava muito na expectativa era rever meus amigos. Tanto que estamos pensando que se a pandemia controlar, todo mundo vacinado, irmos para São Paulo para assistir a corrida juntos mesmo sem ingresso para matar a saudade. A pandemia tirou esse carinho, o abraço”, falou.
Por fim, Rosenburg falou que conhece tanto muitas pessoas que compraram o ingresso quanto que não compraram. “Vi muita gente no Twitter animada que comprou, óbvio, a F1 é uma coisa que mexe muito com a gente. Mas pessoas do meu núcleo que não comparam, tenho amigas que vão há anos, todo ano desde os anos 2000 e não vão. A pessoa não comprou e disse que não estava disposta a ficar na incerteza, desanima um pouco”, concluiu.
