Segurança na F1: O que mudou depois de 1994

No fim de semana de exatamente 26 anos atrás, vários acidentes dramáticos ocorreram no circuito de Ímola. O primeiro foi o de Rubens Barrichello na sexta-feira, onde o brasileiro teve sérios problemas, ao engolir sua própria língua e ter ficado sem respirar, até ser salvo pelo Dr. Sid Watkins.. No dia seguinte, Roland Ratzenberger também bateu e faleceu em consequência do seu acidente. E no último dia do fim de semana, primeiro de maio, a lenda Ayrton Senna morreu no acidente que todos já viram as imagens. O que mudou no esporte depois disso?

Durante o Grande Prêmio da Espanha, no ano passado, o trágico fim de semana em Ímola, ocorrido há 25 anos naquela data, foi relembrado. Roland Ratzenberger e Ayrton Senna foram homenageados com estátuas e cerimônias solenes.

O fim de semana que pode ser descrito como o fim de semana mais trágico que a F1 já teve, abalou o mundo do automobilsmo. Embora os pilotos estivessem dizendo há anos que o esporte poderia e deveria se tornar mais seguro, foi somente após a terceira etapa do campeonato de 1994 que os olhos foram realmente abertos.

Niki Lauda foi um bom exemplo de piloto que lutava há muito tempo por mais segurança no esporte nas décadas de oitenta e noventa. Isso foi escutado com moderação, mas a organização pensou em tornar os carros um pouco mais lentos e seguros.

As medidas tomadas pouco antes de 1994 estavam especialmente no caminho da equipe Williams. Hoje em dia é difícil imaginar, mas a Williams estava à frente da competição nos anos oitenta. A Williams sabia como criar ou usar novos sistemas como ABS, controle de tração e suspensão ativa.

A organização proibiu esses truques antes da temporada de 1994, a fim de tornar os carros mais lentos e manter baixos os custos de desenvolvimento dos carros. Após o fim de semana em Ímola, a intervenção em segurança mostrou-se insuficiente.

Os olhos foram abertos após a trágica perda dos dois pilotos de F1. Na temporada de 1994, as equipes foram forçadas a desacelerar o ritmo de seus carros. Novas regras foram introduzidas para diminuir os níveis de downforce, asas diferentes tiveram que ser ajustadas e o fluxo de ar no motor precisou ser reduzido. Tudo isso para reduzir a velocidade dos carros nas curvas.

Em julho do mesmo ano, outra medida se seguiu. Hoje, essa medida ainda está em vigor na F1. A partir do GP da Alemanha, tornou-se obrigatório fixar uma prancha no chão, o que facilitou o controle da altura dos carros. Essas placas podiam se desgastar apenas 1 milímetro. Se a placa estivesse mais gasta, o carro estaria muito baixo.

As rápidas mudanças feitas na temporada não foram todas recebidas sem críticas. As equipes concordaram amplamente com o objetivo de melhorar a segurança. No entanto, pensava-se que decisões precipitadas poderiam reduzir a confiabilidade de outras partes.

Depois das mudanças radicais iniciadas depois do horrível final de semana de 01 de maio de 1994, a Fórmula 1 continuou a se concentrar cada vez mais na segurança. Por exemplo, o diretor de corrida Charlie Whiting assumiu a liderança nesse campo por mais de vinte anos desde 1997. Pode-se dizer que foram dados grandes passos no que diz respeito à segurança.

Algumas alterações feitas nos carros ao longo do tempo desde 1994, incluem a introdução de laterais mais altas envolvendo os pilotos, a introdução do Halo, bem como reforço nos capacetes, que tiveram suas construções e materiais utilizados, reforçados.

Nos primeiros anos do esporte, em praticamente todas as temporadas, um piloto morria devido a um acidente grave. Algumas vezes mais de um piloto por temporada. Embora felizmente isso tenha diminuído, o esporte ainda é muito perigoso. Em 2015, Jules Bianchi faleceu após ter ficado em coma, depois de seu terrível acidente no Japão. Na Fórmula 2, ocorreu outro acidente em 2019, resultando em fatalidade. Anthoine Hubert bateu na curva Eau Rouge no circuito Spa Francorchamps, e acabou falecendo após ser atingido por Juan Manuel Correa que também se machucou com muita gravidade, mas felizmente vem se recuperando.

 

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