O primeiro teste das novas luvas projetadas para melhorar a proteção contra fogo para os pilotos, rendeu resultados positivos no último fim de semana.
Cinco pilotos da F1 testaram essas novas luvas, que foram desenvolvidas após o acidente de Romain Grosjean no Bahrein no ano passado, no qual ele sofreu graves queimaduras nas mãos.
As luvas foram desenvolvidas com vários fornecedores de equipamento de proteção de corrida, e testadas durante as sessões de treinos livres de sexta-feira no GP da Turquia.
“Como resultado do acidente de Romain, essa foi uma área em que começamos a trabalhar imediatamente”, disse o diretor de corridas da FIA F1, Michael Masi. “Identificamos muito rapidamente que era uma área que poderia ser melhorada, junto com os fabricantes.”
O teste identificou pequenas áreas de potenciais melhorias para os novos designs de luvas, disse Masi. “O feedback inicial dos pilotos foi muito bom. Há alguns pequenos elementos de ajuste fino em algumas marcas, mas nada intransponível. Portanto, somos muito gratos aos pilotos e às equipes envolvidas, por realmente executar isso, e mostrar que estamos tentando aumentar esses níveis de proteção tanto quanto possível.”
As luvas são projetadas para reduzir a transferência de calor para a pele do piloto quando exposta ao calor e fogo direto. Os novos modelos se destinam a fornecer cerca de um segundo e meio de proteção extra em comparação com o design anterior.
“Parece pouco, mas como vimos nesse tipo de cenário, cada décimo de segundo, milissegundo conta”, disse Masi.
O aumento da proteção deve ser alcançado, mantendo a destreza necessária para operar os muitos botões, interruptores e mostradores nos complexos volantes da Fórmula 1.
“Não podemos mudar completamente esse lado, porque eles precisam ter esse nível de sensibilidade, especialmente em suas luvas com tudo o que eles precisam operar”, disse Masi. “Por isso fizemos esse teste prático para obter o feedback deles em uma situação real de pista e pilotagem.”
Lewis Hamilton, Sebastian Vettel, Carlos Sainz, Daniel Ricciardo e George Russell, foram os pilotos que participaram do teste. A Mercedes e a Ferrari utilizam equipamentos de proteção da Puma, a McLaren da Sparco, a Aston Martin da Alpinestars, e a Williams da OMP.
O chefe de segurança da FIA, Nuno Costa, supervisionou o projeto e monitorou o teste em Istambul no último fim de semana. Depois disso, Ricciardo disse que não conseguia diferenciar as luvas do protótipo de teste das já usadas atualmente.
“Eu sabia que iria usá-las, mas depois de usar, não sabia a diferença”, disse Ricciardo. “Estou tentando dizer que isso é bom, pois não notei a diferença.”
“Mas eu não sou muito exigente com meu kit e outras coisas, então não sou tão exigente. Mas foi completamente bom para mim. É uma boa adição, sem nenhuma desvantagem, realmente”, acrescentou.
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