Ocon achava que sua carreira na F1 iria terminar se não conseguisse vaga na Renault

Esteban Ocon achava que sua carreira na Fórmula 1 estaria “acabada” se ele não conseguisse vaga na Renault em 2020.

Apesar de seu talento claro, o francês se viu fora do grid no ano passado, depois de ter sido dispensado da Racing Point, sendo substituído por Lance Stroll.

No entanto, a situação de Ocon poderia ter sido muito diferente se a Renault não tivesse quebrado um acordo que eles fizeram com o chefe da Mercedes, Toto Wolff, contratando Daniel Ricciardo da Red Bull.

E foram as lembranças daquilo que o levaram a ser muito mais ativo nas negociações com a equipe da Enstone no verão passado.

“Eu estive massivamente envolvido em comparação com o ano anterior”, admitiu Ocon, falando ao Formula1.com na Austrália.

“Eu conversei com Alain (Prost, embaixador da Renault) e Cyril (Abiteboul, diretor da equipe Renault). Eu disse ‘OK, desta vez temos que ser claros, precisamos de mais comunicação do que tínhamos em 2018, porque se acontecer novamente, acabou para mim”.

“Por falta de comunicação e falta de entendimento de um lado para o outro, perdemos um lugar na Renault em 2019. Foi muito decepcionante, foi um dos anos mais difíceis, mas nos fortaleceu”.

De fato, após as férias de verão do ano passado, foi confirmado que Ocon substituiria Nico Hulkenberg nesta temporada, e antes de sua primeira corrida, que seria na Austrália, sua empolgação por voltar às corridas era clara.

“Sim, definitivamente, já faz um longo tempo, mas finalmente está chegando. Sinto-me pronto, mal posso esperar, é fantástico”, disse ele.

“Em comparação com Abu Dhabi 2018, me sinto muito diferente, muito mais completo, eu diria que, como piloto, sei muito mais sobre meu ambiente e como tudo está acontecendo na Fórmula 1”.

“É claro que é totalmente diferente porque estou com uma nova equipe para mim, um novo companheiro de equipe, tudo é meio novo, mas estou me adaptando muito bem e me sinto totalmente relaxado e pronto”.

“Um bom ano para mim seria começar perto de Daniel (Ricciardo), eu o vejo como um dos melhores”, diz ele.

“Não estou me pressionando, mas começar perto dele e depois melhorar durante o ano e tentar me aproximar dele, é o objetivo, porque eu não corri por um ano, preciso de um pouco de tempo para voltar”.

“Quero marcar pontos em todas as corridas e alcançar um pódio em algum momento”, acrescentou.

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