A Michelin apontou motivos que podem impedir o retorno da fornecedora à Fórmula 1.
Dois fatores chave foram elencados como empecilho pela empresa francesa, que está avaliando a oferta publicada pela FIA, para fabricantes de pneus se tornarem o fornecedor oficial da F1 de 2020 a 2023.
A Michelin se mostra aberta ao retorno, mas não é favorável em ter que trabalhar com as rodas de 13 polegadas – no primeiro ano do novo contrato (2020) – sendo que no ano seguinte, existe uma mudança prevista para que o tamanho seja de 18 polegadas, a partir de 2021.
Não é segredo da Michelin o fato de que, a empresa está interessada apenas em fornecer rodas de 18 polegadas na F1. Além disso, a situação de ter que desenvolver os compostos para apenas um ano, torna a oferta desinteressante para qualquer nova fornecedora.
“Ter que criar rodas de 13 polegadas para uma temporada seria um desperdício de tempo e dinheiro, e isso é um grande ponto de impedimento”, disse um porta-voz da Michelin à ‘Autosport’.
Outro ponto desencorajador para a entrada da Michelin, foi o pedido da FIA para que os novos pneus tenham alto nível de degradação. Uma iniciativa para que se realizem mais paradas durante as corridas.
“Um pneu que se desgasta depois de algumas voltas não é algo que pretendemos produzir. Não somos grandes fãs de alta degradação”, acrescentou o porta voz.
A fornecedora tem preferência por pneus que funcionem bem durante um período mais longo, o que segundo ela, mostraria as qualidades da Michelin, assim como dos pilotos.
As empresas candidatas a fornecedora de pneus têm até 31 de agosto para enviar suas propostas. A decisão sobre a conformidade técnica e de segurança será tomada até 14 de setembro.
