Hamilton quer entender motivo da falta de representatividade negra na F1

Lewis Hamilton quer entender o motivo pelo qual a participação dos negros no automobilismo continua tão baixa, mesmo depois de 14 anos desde sua estreia na Fórmula 1.

O heptacampeão mundial, que continua sendo o único competidor negro na F1, lançou a ‘Comissão Hamilton’ para estudar o problema. Ontem, a comissão publicou um relatório de 180 páginas, que apresenta uma série de recomendações para encorajar mais jovens negros a considerar uma carreira no automobilismo.

Esse relatório, “Acelerando a Mudança: Melhorando a Representação dos Negros no Reino Unido Motorsport”, encontrou uma falta geral de coleta de dados sobre as características de diversidade da força de trabalho nas equipes de Fórmula 1 e no setor mais amplo do automobilismo, mas evidências baseadas em entrevistas, sugeriram que menos de uma em cada cem pessoas que trabalham no automobilismo são negras.

Hamilton disse que isso reflete sua experiência no esporte. “Eu corro desde os oito anos de idade, tenho 36 agora, e meu pai e eu somos as únicas pessoas de cor que vimos no esporte todos esses anos”, disse ele em um vídeo publicado pela Mercedes. “Cheguei à Fórmula 1 e houve um ou dois talvez mecânicos, há alguns da comunidade asiática no esporte.”

“Eu olho em volta e deve haver uma razão”, disse ele. “Não é porque as minorias não têm inteligência. Deve haver uma razão mais profunda pela qual não é mais diverso.”

O relatório da comissão identificou razões estruturais, pelas quais graduados negros podem ter menos probabilidade de alcançar a Fórmula 1 do que outras etnias. Isso resulta em um número relativamente baixo de graduados negros nas 24 principais universidades do Russell Group que possuem graduação em disciplinas de engenharia de interesse para empresas de automobilismo. Apenas cerca de 200 novos graduados negros por ano atendiam a esses critérios.

Entre o pequeno número que conseguiu chegar à F1 e outras modalidades de automobilismo, alguns relataram ter vivenciado o racismo, conforme informado no relatório.

“Acredito que devemos lutar por uma sociedade mais inclusiva e diversa”, disse Hamilton. “Eu tenho essa oportunidade incrível. Não tenho medo de usar minha voz para ajudar os outros.”

“Estamos trabalhando juntos como uma equipe para tentar criar mais oportunidades para os jovens, e também para abrir os olhos para pessoas que talvez nem pensassem que o esporte motorizado era uma oportunidade ou uma carreira que poderiam seguir.”

O relatório incitou a promoção de disciplinas STEM (ciência, tecnologia, educação e matemática), para crianças negras e convidou aqueles que trabalham no automobilismo a coletar dados sobre a participação negra no esporte.

“As disciplinas STEM são superimportantes na escola”, disse Hamilton. “Muitos jovens, inclusive eu mesmo quando estava na escola, não percebia todas as oportunidades que existem através do STEM no nosso setor, na indústria do automobilismo.”

“Não se trata apenas de pilotos de corrida ou engenheiros. Existem tantas oportunidades de trabalho. Existem tantos níveis diferentes para os quais as pessoas podem entrar. E eu acho que é super importante que tornemos isso mais diverso, porque novas ideias vêm de pessoas de diferentes estilos de vida. Isso só vai tornar nosso esporte melhor”, concluiu.

 

 

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