Hamilton prefere focar em uma mudança real ao invés de ajoelharem na F1

Lewis Hamilton acredita que os pilotos se ajoelhando antes das largadas dos GPs, pode ser um ‘gesto simbólico e impactante’, mas manter o trabalho de fundo para erradicar o racismo e aumentar a diversidade é muito mais importante.

Ao longo das 17 corridas do ano passado, o paddock de F1 se juntou à comunidade esportiva em geral, ao fazer uma postura visual contra o racismo com alguns pilotos optando por se ajoelhar e outros permanecendo de pé, todos, no entanto, vestindo camisetas com a mensagem ‘#EndRacism’.

Stefano Domenicali o CEO da F1, ainda não confirmou como continuará promovendo a diversidade e trabalhando para acabar com a questão social do racismo nesta temporada.

Outros atletas, no entanto, incluindo o jogador de futebol Wilfred Zaha, optaram por não se ajoelhar mais. Zaha descreveu a ação como ‘degradante’, e questionou se a ação havia perdido o significado.

Questionado se continuaria ajoelhando, Hamilton disse: “No final das contas, cada um depende de si, e cada um tem que tomar suas próprias decisões.”

“Acho que é um gesto simbólico, e em determinados momentos, pode ser muito impactante.”

“No momento, não está decidido o que faremos, mas todos nos encontraremos quando chegarmos ao Bahrein (antes do Grande Prêmio de abertura da temporada), então isso fará parte da discussão com Stefano, por exemplo.”

No ano passado, Hamilton disse que falaria pessoalmente com os pilotos que optaram por não se ajoelhar para descobrir os motivos de sua decisão, já que outros esportes foram capazes de mostrar uma frente unida com o gesto, independentemente da nacionalidade.

Desta vez, Hamilton está focado no trabalho em segundo plano na criação de mudanças tangíveis.

O heptacampeão montou sua própria comissão, e como parte de seu novo contrato com a Mercedes, está empenhado em criar uma fundação de caridade conjunta com o fabricante alemão.

“Não acho que seja a coisa mais importante que todo mundo se ajoelhe”, avaliou Hamilton. “Acho que é mais a ação que a gente faz em segundo plano.”

“Continua a ser um problema que afeta meu dia-a-dia e tantas pessoas por aí, e é muito importante continuar a ter essa conversa, voltando à responsabilidade, continuando a ter aquelas conversas desconfortáveis com as pessoas porque a mudança é possível e necessária.”

“Veremos como trabalharemos juntos em conjunto, para liderarmos mais neste esporte e não necessariamente ter que todos ajoelharem”, concluiu.

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