O campeão mundial de Fórmula 1 Lewis Hamilton lançou a ‘Comissão Hamilton’, que vai trabalhar para incentivar uma maior diversidade no automobilismo.
Hamilton destaca regularmente a falta de diversidade no automobilismo, e tem sido uma figura forte nas recentes discussões relacionadas à morte de um negro desarmado nos EUA.
Escrevendo na próxima edição do The Sunday Times, Hamilton reflete sobre suas próprias experiências, e revelou que trabalhará com a Royal Academy of Engineering para melhorar a situação para a próxima geração.
“Eu tenho trabalhado com a Academia Real de Engenharia, para criar a Comissão Hamilton, uma parceria de pesquisa dedicada a explorar como o automobilismo pode ser usado como veículo para envolver mais jovens de origens negras, com Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM), e finalmente, empregá-los em nossas equipes ou em outros setores de engenharia”, escreveu ele.
“Serão exploradas áreas que incluem falta de modelos e serviços de carreira nas escolas, oportunidades para envolver mais jovens negros com extracurriculares STEM, barreiras que impedem pessoas de origens mais diversas ingressarem na indústria das corridas, e práticas problemáticas de contratação que resultam em menos graduados negros entrando em profissões de engenharia.”
“Esta não será uma pesquisa abrangente. Queremos ouvir os jovens e graduados que lidam com esses desafios todos os dias, e estamos no processo de atrair parceiros adicionais que trabalhem em comunidades negras para trazer uma perspectiva em primeira mão.”
“Além disso, queremos atrair líderes de políticas e negócios comprometidos em liderar a ativação das recomendações de pesquisa. O tempo para banalidades e gestos simbólicos acabou.”
“Espero que a Comissão Hamilton permita mudanças reais, tangíveis e mensuráveis. Quando olho para trás em 20 anos, quero ver o esporte que deu a um garoto tímido e negro da classe trabalhadora de Stevenage, tantas oportunidades, tornar-se tão diverso quanto o mundo complexo e multicultural em que vivemos.”
Hamilton, que manteve discussões com o prefeito de Londres e o deputado de Stevenage, também escreveu sobre suas próprias experiências de divisões raciais no automobilismo.
“Eu tenho lutado contra o estigma do racismo ao longo da minha carreira de piloto, desde crianças jogando coisas em mim enquanto corria de kart, até ser insultado por fãs com rosto pintado de preto, em um GP de 2007, uma das minhas primeiras corridas de Fórmula 1”, escreveu Hamilton.
“Estou acostumado a ser uma das poucas pessoas de cor em minhas equipes, e mais do que isso, estou acostumado à ideia de que ninguém vai falar por mim quando eu enfrentar o racismo, porque ninguém sente ou entende pessoalmente minha experiência.”
“Na maioria das vezes, eles nem vêem, e se vêem, deixam o medo de dizer a coisa errada atrapalhar.”
“A composição inalterada da comunidade da F1 ao longo da minha carreira, faz parecer que apenas um certo tipo de pessoa é realmente bem-vindo neste esporte, alguém que pareça de certa maneira, vir de um determinado histórico, se encaixa em um determinado molde e joga de acordo com certas regras não escritas.”
“Mesmo agora, a mídia me faz perguntas diferentes das dos concorrentes e faz acusações direta e indiretamente, você não é britânico o suficiente, nem humilde o suficiente, nem amado o suficiente pelo público”, finalizou Hamilton.
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