Max Verstappen e Red Bull é uma das parcerias de maior sucesso da história da Fórmula 1. E Jonathan Wheatley, atual chefe da Sauber, pôde experenciar um pouco da combinação, já que era diretor-esportivo na época que o piloto chegou à equipe.
O holandês tem defendido a equipe austríaca por toda a sua carreira na categoria. Sua estreia na equipe principal aconteceu no marcante GP da Espanha de 2016, onde Nico Rosberg e Lewis Hamilton se acidentaram na largada e aproveitando a oportunidade, Max conseguiu sua primeira vitória.
O GP da Hungria, então, marcou a corrida 200 do piloto pelo time – em todo o período, subiu ao pódio em 117 oportunidades. Pensando sobre tudo o que viveu com o time e Verstappen, então, Wheatley citou alguns dos momentos mais memoráveis.
“Trabalhei com Jos [pai de Verstappen] em 1994 na Benetton e, antes disso, corríamos de kart um contra o outro. Quando Max chegou à Fórmula 1 e venceu imediatamente em sua estreia na Red Bull, em Barcelona, no ano seguinte, foi como fechar o ciclo. E, ao mesmo tempo, foi o início de um conto de fadas”, disse ao De Telegraaf.

“Eu realmente gostei da nossa colaboração. Não importa o que você dissesse ao Max, ele ouvia cada conselho e absorvia a informação. Não se esquecia depois. Como se a pilotagem em si não o incomodasse nem um pouco. Aquela primeira vitória na Espanha foi muito especial, assim como a corrida daquele ano no Brasil. Lembro-me bem de que assistimos àquela corrida com muita atenção à noite no bar do hotel”, completou.
“A Áustria 2018 me vem à mente agora. Depois, optamos por uma parada dupla, o que funcionou muito bem, e o Max venceu. No pitwall, estávamos todos de lederhosen [tradicional vestimenta da Holanda]. E então eu subi no pódio daquele jeito, na frente de todos aqueles fãs holandeses. Foi uma experiência maravilhosa, assim como seu primeiro título mundial em Abu Dhabi, em 2021, é claro. Foi a primeira vez que eu estava em uma disputa de campeonato e pensei: ‘Vamos perder isso'”, seguiu.
“Foi um período muito intenso. A emoção que senti depois que Max cruzou a linha de chegada primeiro é indescritível. Ainda me arrepio. A Mercedes então apresentou um protesto duplo. Entrei na sala e eles até pareciam ter trazido um advogado. Felizmente, fomos absolvidos e a equipe pôde comemorar novamente. Há tanta paixão nas pessoas; elas se sacrificam tanto. Então, quando trabalham com alguém como Max, pensam: ‘Parece que é a coisa certa a fazer'”, encerrou.
