Antes do GP da Hungria, em julho, Sebastian Vettel publicou um vídeo em suas redes sociais anunciando sua aposentadoria da F1. O tetracampeão declarou que seu foco para o próximo ano é com sua família, exercendo seu papel de pai e marido.
A decisão de Vettel veio após duas temporadas ruins na Aston Martin, embora tenha conquistado o primeiro pódio da equipe britânica no GP do Azerbaijão de 2021.
Nesta temporada, a disputa de Sebastian é por pontos na parte de baixo da tabela, ou o avanço para a Q2 e Q3 durante a classificação.
Perguntado se sua decisão ainda seria a mesma, caso estivesse lutando por vitórias, Vettel respondeu em entrevista à Aston Martin: “Eu não sei”.
“Estaria me aposentando se tivesse sido muito competitivo nos últimos três ou quatro anos: vencendo corridas, lutando por campeonatos, talvez vencendo outro? Eu poderia ter chegado à mesma decisão.”
“É impossível dizer, mas passou pela minha cabeça. Terminar em 10º não me dá nenhum entusiasmo, porque sei como é terminar em primeiro. Se você nunca terminou em primeiro, a primeira vez que terminar em 10º, ficará realmente entusiasmado.”
“Mas, estou feliz por não ter ficado empolgado ao terminar em 10º. Você tem que ser fiel a si mesmo. Eu amo vencer. Parece egoísta, mas vencer é o que me motiva. Ainda amo o esporte, ainda amo correr.”
“A decisão de me aposentar foi difícil, mas venho pensando nisso há um tempo. Sei o quanto esse esporte exige comprometimento e sinto que é um bom momento para fazer outras coisas”.
Em relação a qualquer arrependimento por ter deixado a Ferrari e se juntado a Aston Martin em 2021, Vettel declarou: “Estou muito feliz e orgulhoso de ter trabalhado ao lado de um grupo de pessoas tão talentosas e dedicadas na Aston Martin. Adorei trabalhar com a equipe, conhecer pessoas diferentes e abordagens diferentes.”
“Mesmo que não tenha sido muito divertido em termos de resultados, foi muito divertido trabalhar com todos, ajudando a equipe em sua jornada e construindo o futuro.”
“O carro não era tão competitivo quanto esperávamos. Este ano, queríamos fazer uma melhoria significativa em relação ao ano passado. Falhamos. Atualmente estamos onde terminamos no ano passado.”
“Não estou apontando o dedo e dizendo que fizemos um trabalho ruim. Estou apenas sendo realista. Tínhamos grandes esperanças, mas ficamos aquém.”
“Esses dois anos foram muito desafiadores, porque eu não estava familiarizado com a corrida na parte de trás do pelotão. Se você está na frente, só vê o que está na frente. Se está atrás, só vê o que está atrás, mas está sempre olhando para a frente, porque quer estar lá.”
“Mas, quando você está na frente, você não olha para trás, porque isso não afeta você e você não aprecia o quanto as equipes na retaguarda também estão trabalhando”, encerrou o tetracampeão.
