A temporada de 2026 da Fórmula 1 marcará a entrada da Aston Martin em parceria com a Honda, mas não é apenas a equipe de Silverstone que pode se beneficiar desse movimento. A mudança também abre novas possibilidades para Yuki Tsunoda, especialmente porque o competidor atravessa um momento delicado dentro da Red Bull.
Desde a promoção para a equipe principal ainda na terceira etapa de 2025, o japonês vem enfrentado dificuldades. Nos últimos dez GPs, terminou apenas uma vez na zona de pontos. Enquanto isso, Isack Hadjar chegou a subir ao pódio no GP da Holanda e vem mostrando bom desempenho, além da expectativa de promoção de Arvid Lindblad à Racing Bulls, o que deixa Yuki diante de uma disputa direta com Liam Lawson para 2026.

A Red Bull se beneficiou financeiramente ao promover Tsunoda, recebendo descontos nos motores Honda justamente em sua estreia pela equipe em Suzuka. A marca japonesa, aliás, acompanha o piloto desde as categorias de base, tendo investido em sua carreira até a chegada à F1. Com a fornecedora de motores unindo forças à Aston Martin a partir do próximo ano, especula-se que o japonês possa encontrar um caminho na categoria fora da estrutura da Red Bull.
Para o time britânico, Yuki seria um nome interessante, ainda que Lawrence Stroll não dependa de apoio financeiro. O piloto poderia ser visto como uma opção de consistência para compor dupla com Fernando Alonso, especialmente em meio ao desempenho irregular de Lance Stroll, já em sua nona temporada.
Ainda assim, a Honda adota cautela. O presidente da Honda Racing, Koji Watanabe, fez questão de destacar que o futuro do piloto depende dele próprio. “Ele precisa agir por conta própria. Já está em seu quinto ano, tem capacidade e entende bem o mundo da F1. Não há muito mais que possamos fazer por ele. Pilotos não podem depender da Honda para sempre. Alguém no estágio de carreira em que ele se encontra precisa pensar por si mesmo”, comentou.
