O circuito de Spa-Francorchamps, na Bélgica, pode continuar sediando a Fórmula 1 mesmo após o término do atual contrato, que garante apenas quatro corridas entre 2026 e 2031, em um esquema de rodízio no calendário. A informação foi confirmada pelo presidente do autódromo, Melchior Wathelet, em entrevista à publicação holandesa Formule 1.
No contrato firmado com a Liberty Media, o anos de 2028 e 2030 foram excluídos. Entretanto, Wathelet não descarta a possibilidade de o tradicional traçado belga receber a categoria nestes anos. “Talvez haja corridas nos outros dois anos também – não estou descartando nada”, afirmou.
O ex-vice-primeiro-ministro belga, que também preside a organização do GP, explicou que, embora o plano original seja substituir Spa-Francorchamps por outros circuitos em 2028 e 2030, imprevistos podem abrir espaço para o retorno da prova. “Em princípio, haverá outro circuito no calendário nesses anos. Mas, e se isso não acontecer ou não der certo? Nós ficaríamos mais do que felizes em preencher a vaga. O contrato prevê um mínimo de quatro corridas – não um máximo”, destacou ele.
Wathelet atribuiu o crescente sucesso do GP da Bélgica ao impacto de séries e filmes sobre a categoria. Segundo ele, o público no evento está mais diversificado e jovem do que nunca. “Cerca de um terço dos nossos visitantes tem menos de 34 anos, e aproximadamente um terço são mulheres. Há uma ótima mistura, e é exatamente isso que queremos. Isso ajuda a manter o esporte atraente, especialmente na Europa, onde a competição por atenção é acirrada”, revelou.
O dirigente admitiu que as conversas com a Liberty Media foram difíceis, mas elogiou o apoio do governo para viabilizar o acordo. “Eles [a Liberty] realmente garantem uma imagem muito boa para a Fórmula 1. O esporte está muito forte no momento. Muitos países querem sediar uma corrida, e isso está fazendo o calendário mudar cada vez mais”, afirmou.
Apesar da incerteza sobre 2028 e 2030, Wathelet comemorou a segurança proporcionada pelo novo contrato. “Agora temos um acordo de seis anos com quatro corridas, o que nos dá perspectiva para o médio prazo. Nossa prioridade era garantir o evento pelo menos até 2027. E depois disso também, como em 2029 e 2031”, disse. “Pelo menos é possível que não tenhamos uma corrida em 2028 e 2030. Mas também é possível que sim, embora eu não coloque uma porcentagem nisso.”
A Fórmula 1 está introduzindo novas pistas no calendário. Um exemplo é o GP da Espanha, que será realizado no circuito Madring. Ele fará sua estreia no próximo ano, no lugar da pista italiana de Ímola.
GP de Abu Dhabi