A corrida no Japão foi regada a polêmicas. A primeira delas é sobre o início da prova. Diferente do que aconteceu em Singapura – em que houve atraso na largada por conta das condições de chuva – em Suzuka a etapa começou no horário marcado.
Mas, bastou uma volta no circuito para perceber as condições ruins de pilotagem. Carlos Sainz saiu da pista, exigindo o acionamento da bandeira vermelha.
O diretor de engenharia da Mercedes, Andrew Shovlin, refletiu sobre o assunto: “A Fórmula 1 é realmente muito boa em questões de segurança e faz com que todas as equipes trabalhem juntas tentando garantir que o esporte seja o mais seguro possível. Essa situação será definitivamente revisada. Há uma série de elementos para analisar”.
“A primeira é: ‘a corrida deveria ter começado?’, porque quando os carros deixaram o grid, você podia ver que havia bastante spray, os pilotos estavam dizendo que as condições eram difíceis e talvez, por isso, deveríamos ter abortado a largada e esperado em vez de mandar os carros embora.”
“Essa será uma das perguntas feitas. Também, era incomum nessas condições de aderência muito baixa, mesmo se você estivesse dirigindo na velocidade delta do Safety Car, permanecer na pista, a visibilidade era extremamente ruim e provavelmente teríamos que ir ainda mais devagar para garantir de que era seguro”, disse Shovlin.
Além disso, após a batida de Sainz a direção de prova liberou a entrada de um trator no circuito, enquanto os carros estavam na pista. Pierre Gasly, que havia ficado para trás do pelotão, passou perto do trator.
Gasly se revoltou com a situação, principalmente porque oito anos atrás Jules Bianchi perdeu a vida em condições semelhantes.
Andrew Shovlin disse que era “impossível” dizer que o trator nunca deveria estar na pista, mas que era “claramente muito perigoso.”
“Depois, há a questão sobre o momento de enviar o veículo de recuperação, enquanto ainda havia carros circulando no circuito. Todos esses elementos serão revisados. Sempre haverá situações em que você precisa dos veículos de apoio aos carros, pode haver um piloto preso lá e você precisa ajudá-lo enquanto há outros carros na pista.”
“É impossível dizer que isso é algo que nunca podemos fazer, mas claramente nesta ocasião parecia bastante perigoso, principalmente por causa da aderência muito baixa e pouca visibilidade”, concluiu Shovlin.
