F1: Russell acredita que carro baixo demais pode ter arruinado corrida de Leclerc

A Ferrari afirmou que um problema no chassi do SF-25 foi a causa da perda repentina de ritmo de Charles Leclerc no GP da Hungria, realizado neste domingo (3). No entanto, George Russell, da Mercedes, apresentou uma teoria diferente para o desempenho abaixo do esperado do piloto monegasco, que saiu da pole position mas terminou apenas em quarto lugar no Hungaroring.

Leclerc começou a corrida dominando a prova e parecia caminhar para mais um pódio na temporada. Porém, após sua segunda parada para troca de pneus, ele retornou à pista sete segundos atrás da McLaren de Lando Norris, que adotou uma estratégia de apenas um pit stop. O monegasco não conseguiu se aproximar de Norris e ainda foi ultrapassado por Oscar Piastri e George Russell, terminando em quarto, a 20 segundos do vencedor.

Após a prova, Leclerc e o chefe da equipe, Frédéric Vasseur, confirmaram que um problema no chassi prejudicou o desempenho do carro na segunda metade da corrida. No entanto, Russell questionou a explicação. O britânico sugeriu que a Ferrari aumentou a pressão dos pneus de Leclerc no trecho final para evitar excesso de desgaste no assoalho do carro, o que poderia levar a uma desclassificação, como aconteceu no GP da China.

Charles Leclerc (MON) Ferrari SF-25 makes a pit stop.
Foto: XPB Images

“Vi que ele estava próximo, mas algo não estava certo”, disse Russell. “A única explicação que encontramos é que o carro estava muito baixo e eles tiveram que aumentar a pressão dos pneus no final. Além disso, usaram um modo de motor que reduz a potência nas retas, justamente onde o desgaste no assoalho é maior.”

Anthony Davidson, ex-piloto e analista da Sky Sports, também observou que o carro de Leclerc soltou faíscas já na largada: “Logo na primeira curva, notei faíscas saindo do carro dele em velocidade moderada. Isso é um indicativo claro de que o carro estava extremamente baixo”, afirmou Davidson.

Bernie Collins, ex-estrategista de F1, avaliou que, se a teoria de Russell estiver correta, a Ferrari pode ter tomado uma “medida preventiva” para evitar outra punição. “Aumentar a pressão dos pneus eleva a altura do carro e reduz o contato do assoalho com o solo”, explicou Collins. “São ajustes mínimos, mas que fazem diferença. Se a equipe percebe que o desgaste está alto nos primeiros trechos, pode tomar essa decisão para garantir que o carro chegue ao fim sem ultrapassar o limite.”



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