George Russell afirmou que seu papel como piloto vai muito além da competição nas pistas. Em entrevista ao Motorsport-Total.com, o piloto da Mercedes afirmou que seu compromisso como copresidente da Associação de Pilotos de Grandes Prêmios (GPDA) é enfatizar e priorizar a segurança dos pilotos da Fórmula 1, uma causa que abraçou ainda mais depois de presenciar acidentes graves.
“Não tenho o objetivo de deixar qualquer legado. Não é disso que estou falando. Mas, se vejo uma oportunidade de melhorar algo, então eu trato disso – especialmente quando se trata de segurança de pista ou do carro”, declarou o britânico, que relembrou acidentes como o de Billy Monger, em 2017, Anthoine Hubert em 2019 e Romain Grosjean, em 2020.

“Passei por ele [Grosjean] e só vi chamas pelo retrovisor… isso pode acontecer com qualquer um, até com o melhor piloto do mundo”, lembrou ele. Grosjean bateu o carro em um guardrail no Bahrein. O carro se partiu ao meio e ficou em chamas. Após alguns segundos de apreensão, Grosjean conseguiu sair do carro em segurança, tendo sofrido algumas queimaduras nas mãos.
Russell também enfatizou que a atual geração de pilotos da Fórmula 1 está “mais próxima e unida do que nunca”. Ele citou a carta aberta da GPDA à FIA, que solicita maior respeito e voz nas decisões da entidade. Apesar da recusa inicial do presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Mohammed Ben Sulayem, Russell reforçou que o objetivo é a colaboração.
“Não queremos lutar contra a FIA. Não queremos lutar contra a Fórmula 1. Queremos trabalhar com ambos para que eles alcancem o melhor – e nós também, como pilotos”, concluiu ele.
