O chefe da McLaren, Andrea Stella, revelou mais detalhes sobre a estratégia escolhida para Lando Norris no GP do Estados Unidos, realizado no domingo (19), no Circuito das Américas, em Austin. A equipe britânica optou por não iniciar a prova com pneus macios e acabou sendo vencida pela Ferrari de Charles Leclerc na largada, que estava com os compostos vermelhos. Norris terminou a prova em segundo lugar, atrás de Max Verstappen, após uma longa disputa com Leclerc.
O monegasco foi o único piloto entre os dez primeiros a largar com compostos macios. A maioria, incluindo Norris, começou a prova com pneus médios, uma escolha considerada mais segura pela maior parte das equipes. Ao comentar a decisão da Ferrari, Stella reconheceu que a tática funcionou bem até certo ponto.

“Honestamente, funcionou bem para o Leclerc, parabéns à Ferrari. Acho que esta foi uma boa maneira de mantê-los na disputa pelo segundo lugar”, afirmou. “Nós não consideramos isso. Ficamos um pouco surpresos ao ver a Ferrari largando com macios. Acho que a maior parte do grid deve ter ficado surpresa, porque Leclerc foi um dos poucos carros no top 10, acho que o único no top 10, a começar com macios.”
O italiano explicou que a McLaren sequer cogitou usar os compostos mais macios por dúvidas quanto à viabilidade de uma estratégia de uma parada com esse tipo de pneu. “Não tínhamos certeza sequer se uma estratégia médio-macio seria viável para um só pit stop. Então, descobrimos durante a corrida qual deveria ter sido a estratégia. Vimos muito cedo que o pneu furo não era um bom pneu, porque as pessoas estavam abandonando os pneus duros e, portanto, parecia que a estratégia médio-macio era uma possibilidade”, comentou. “Nesse sentido, acho que a Ferrari fez um bom trabalho em antecipar que começar com macio era uma boa ideia.”
A escolha da Ferrari impactou diretamente a corrida de Norris, segundo o chefe da McLaren. “Infelizmente para nós, isso custou caro, pois a corrida do Lando foi determinada pelo ritmo do Leclerc, porque ele o seguiu o tempo todo, em vez de ser determinada pelo nosso ritmo geral”, concluiu.
