F1: James Vowles questiona reintrodução de regra contraditória em Mônaco pela FIA

A decisão da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) de reintroduzir em 2026 a regra das duas paradas obrigatórias no GP de Mônaco gerou controvérsia entre as equipes de Fórmula 1, com críticas focadas nas possibilidades de estratégias “sujas”, como aconteceu este ano. James Vowles, chefe da Williams, pediu publicamente que a entidade esclareça o motivo da medida.

A mudança foi estabelecida para melhorar o ritmo de prova no principado, acabou tendo efeito contrário. Equipes como Racing Bulls, Mercedes e a própria Williams usaram brechas para cumprir as paradas sem perder posições, reduzindo propositalmente a velocidade na pista. A Racing Bulls foi a primeira a explorar a regra, usando Liam Lawson para frear o pelotão e abrir janela de pit para Isack Hadjar. A Williams, prejudicada pela tática, repetiu o movimento.

Alexander Albon (THA) Atlassian Williams Racing FW47.
Foto: XPB Images

Em entrevista antes do GP da Hungria, Vowles admitiu que a estratégia o deixou desconfortável e revelou que a regra não foi discutida na comissão da Fórmula 1: “Boa pergunta. Isso não foi debatido na Comissão”, disse, ao ser questionado sobre a reintrodução da norma. Ele negou acusar a FIA de agir sozinha, mas afirmou que buscaria respostas em reunião com Nicholas Tombazis, diretor de monopostos da entidade.

“Para esclarecer, não fomos os primeiros. Tive que reagir. Não gostei. Prefiro lutar por pontos no mérito, não burlando o sistema”, afirmou. A regra foi amplamente criticada após a corrida, com George Russell classificando o formato como “falho”. Vowles concordou, destacando a falta de corrida limpa, mas ponderou: “No fim, resta pensar no campeonato. Se só há um ponto possível, você o toma”.



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