Christian Horner, demitido do cargo de chefe de equipe da Red Bull Racing na última quarta-feira (09), após duas décadas no comando, pode estar prestes a fechar um acordo milionário com a equipe. Segundo informações do The Telegraph, o britânico de 51 anos deve receber um valor superior a 64 milhões de dólares como parte do processo de rescisão contratual.
O montante estaria relacionado aos cinco anos restantes em seu contrato, que teria validade até o final de 2030. Embora tenha sido desligado das funções operacionais com efeito imediato esta semana, Horner segue formalmente empregado enquanto seus representantes legais negociam os termos finais da compensação com a empresa.
Figura histórica na Fórmula 1, Horner foi o chefe de equipe mais longevo do grid, liderando a Red Bull por vinte anos. Durante esse período, comandou a equipe em oito títulos de pilotos, seis de construtores e 124 vitórias em GPs.
Com sua saída, Laurent Mekies, que era o chefe de equipe na Racing Bulls, foi promovido para ocupar o cargo principal da equipe de Milton Keynes.
Especulações já apontam possíveis caminhos para Horner. A Ferrari surge como uma das alternativas, em meio a rumores sobre uma possível troca de comando no lugar de Fred Vasseur. Outras hipóteses envolvem uma possível função na Alpine ou até mesmo na Aston Martin.

No entanto, antes de assumir qualquer nova função em outra equipe, Horner deverá cumprir um ‘período de jardinagem’, cláusula comum em contratos do tipo, que o impede de trabalhar na concorrência por um determinado tempo.
Em um pronunciamento emocionado na sede da Red Bull em Milton Keynes na quarta-feira, Horner compartilhou sua surpresa com a decisão e agradeceu à equipe pelo apoio ao longo dos anos: “Continuo empregado pela empresa, mas operacionalmente, o bastão será passado. Foi um choque para mim. Tive algumas horas para refletir e quis vir aqui para agradecer a cada um de vocês que contribuiu tanto nesses últimos vinte anos e meio.”
“Quando cheguei, havia menos cabelos brancos. Entrei em uma equipe sem saber o que esperar, fui recebido de braços abertos e começamos a construir o que virou uma potência na F1. Ter feito parte disso foi o maior privilégio da minha vida”, completou Horner em seu pronuciamento aos funcionários da Red Bull.
