Isack Hadjar saiu em defesa de Jack Doohan após a decisão da Alpine de substituir o piloto australiano por Franco Colapinto nas próximas cinco etapas da temporada 2025 da Fórmula 1. O francês criticou o ambiente criado em torno de Doohan e comparou o suporte que recebeu na Racing Bulls, com o que o australiano teve em Enstone.
“Mesmo antes da temporada, já parecia algo estranho, porque acho que Jack começou o ano sob muita pressão e expectativas”, afirmou Hadjar. “Então não era um ambiente muito bom. E parece bem injusto, porque com seis corridas, ele não teve muito tempo para mostrar nada, e também não estava com um foguete nas mãos. Foi um pouco duro demais.”
Doohan, de 22 anos, participou de seis GPs este ano, mas seu futuro foi constantemente questionado desde antes da primeira etapa, inclusive com rumores de que poderia não correr em sua terra natal, a Austrália. A decisão da Alpine de dar lugar a Colapinto para uma avaliação mais aprofundada veio antes do GP da Emília-Romanha neste próximo final de semana.
Ao ser perguntado se a Racing Bulls havia sido mais acolhedora com ele do que a Alpine com Doohan, Hadjar foi direto: “Sim, eu não comecei a temporada com uma arma apontada para a cabeça. Isso com certeza ajudou. Tive apoio desde o primeiro dia aqui, e isso fez diferença.”
Mesmo com sua crítica à Alpine, Hadjar comentou que entende a postura da Red Bull Racing, que foi a primeira equipe a promover uma troca de pilotos este ano, ao inverter as posições de Liam Lawson e Yuki Tsunoda, apenas após duas corridas realizadas.
“Quer dizer, dá para entender quando se trata da Red Bull, que quer lutar pelo título no campeonato. Então isso faz sentido em uma equipe de ponta. Mas se você quer dar experiência ao seu novato, precisa deixá-lo correr. Caso contrário, ele não tem como evoluir”, finalizou Hadjar.
