Em outubro de 2022, Dietrich Mateschitz, um dos fundadores da Red Bull faleceu aos 78 anos em decorrência de um câncer pancreático. O austríaco fez história no automobilismo transformando uma marca de bebidas energéticas em uma das grandes equipes da Fórmula 1.
A morte de Mateschitz foi sentida por todo o time, mas principalmente por aqueles que trabalhavam lado a lado com o austríaco. O consultor da Red Bull, Helmut Marko, cruzou o caminho de Dietrich em 1999 ao ser chamado para supervisionar o programa de desenvolvimento de pilotos.
A relação de trabalho passou para uma amizade consolidada e de muito sucesso, traduzindo em números: cinco títulos de construtores e seis de pilotos. Em conversa com a RTL, Marko comentou sobre a partida de Mateschitz, relembrando outra perda recente.
“Sinto muito a falta dele [Mateschitz]. Esta é a segunda grande perda. O primeiro foi Niki Lauda, de quem eu era amigo e com quem trabalhei por décadas. Está ficando mais difícil. Você tem que tomar as decisões sozinho, não tem mais a oportunidade de trocar ideias no mesmo nível. Sempre que havia problemas, ele via uma solução”, destacou o austríaco.
“Ele nunca foi destrutivo, sempre pensou no futuro, era otimista e deu oportunidades a todas as pessoas – não apenas aqui na Red Bull – e acreditou em projetos e encorajou, irradiando confiança, mesmo em nossa última reunião.”
O encontro a que Marko se refere aconteceu em setembro de 2022, próximo ao Lago Wolfgang, no estado de Salzburgo, Áustria, que também contou com a presença de Max Verstappen.
Ainda, Helmut revelou que sempre ligava para Dietrich após as corridas para discutir os acontecimentos e lhe passar todas as informações. “Há um certo vazio e inicialmente esses cinco minutos e esse resumo fazem falta após uma corrida. Você tem que descobrir como pode superá-lo ou como lidar com essa situação”, apontou Marko.
