F1: Chefes de equipe acreditam em equilíbrio rápido com regras de 2026

As grandes mudanças previstas para a Fórmula 1 em 2026, que incluem alterações no chassi e nas unidades de potência, têm gerado especulações sobre a possibilidade de uma equipe dominar a categoria, como aconteceu com a Mercedes no início da era híbrida em 2014. No entanto, dirigentes de diferentes times acreditam que o cenário será bem mais equilibrado.

O CEO da Aston Martin, Andy Cowell, afirmou que a categoria já mostrou no passado, que eventuais diferenças de desempenho tendem a diminuir com rapidez: “Não tenho nenhuma preocupação com isso. Faz parte da competição natural quando há um ‘reset’ em tudo. Se existir uma diferença, ela se fecha rapidamente. Tenho certeza de que veremos uma equipe com o melhor pacote aerodinâmico, outra com a melhor unidade de potência, e os pneus também serão novos. É improvável que uma equipe seja a melhor em todas as áreas. Isso vai equilibrar”, disse ele.

Steve Nielsen, diretor-geral da Alpine, concordou com a avaliação de Cowell e acrescentou que mudanças amplas sempre espalham o grid no início, mas que a convergência de soluções ocorre rapidamente. Ainda assim, deixou um alerta: “Se eu pudesse mudar algo, seria pensar com mais cuidado antes de novas alterações regulatórias. Muitas vezes, o melhor nível de corrida aparece no fim de um ciclo de regras. Quando chegarmos lá, deveríamos manter esse momento por mais tempo”, acrescentou.

Largada
Foto: XPB Images

James Vowles, chefe da Williams, reforçou que o cenário não deve se repetir como em 2014, quando a Mercedes abriu uma vantagem imbatível: “Não acho que será nada parecido com 2014. Será muito mais equilibrado, para tranquilizar quem teme o contrário. Já temos diálogos abertos sobre o que fazer caso algum fabricante de motor esteja à frente ou atrás. Reconhecemos que somos um esporte, mas também estamos aqui pelo espetáculo, para garantir disputas em condições semelhantes. As diferenças vão se fechar rapidamente”, finalizou Vowles.

Os carros da F1 em 2026 serão menores, mais leves e com unidades de potência capazes de gerar mais energia, além de mudanças significativas no desenho aerodinâmico e nas dimensões dos pneus. Rumores no paddock indicam que a Mercedes pode largar com vantagem nesse novo ciclo, mas os dirigentes garantem que, mesmo que isso ocorra, o equilíbrio não deve demorar a ser alcançado.



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