Com a confirmação de Madrid como sede do GP da Espanha a partir de 2026, o futuro do Circuito de Barcelona-Catalunha na Fórmula 1 parecia bastante incerto. No entanto, a região da Catalunha deu um passo importante para assegurar a continuidade da prova no calendário da categoria.
O governo catalão anunciou na terça-feira (22) que autorizou oficialmente os operadores do circuito a intensificarem as negociações com a Formula One Management (FOM). As tratativas serão conduzidas pelo ministro da Economia da Catalunha, Miquel Samper, e pelo diretor do autódromo, Josep Lluis Santamaria.
Embora a cidade de Madrid tenha contrato firmado para sediar o GP da Espanha entre 2026 e 2035, Stefano Domenicali, CEO da F1, já sinalizou que a coexistência de duas corridas em território espanhol seria possível. Neste cenário, Barcelona busca firmar um acordo de longo prazo sob a nova denominação de GP de Barcelona-Catalunha, com previsão de realização em junho.
“O trabalho para garantir que a Fórmula 1 continue sendo realizada na Catalunha já vem de longa data”, afirmou o presidente catalão Salvador Illa, que esteve presente no paddock durante o GP da Espanha deste ano. “É um evento que nos permite mostrar o melhor da nossa região e que traz prosperidade e riqueza para nossa terra.”

Esse projeto catalão é reforçado pelos mais de 50 milhões de euros investidos recentemente na modernização do traçado de Montmeló, além da nomeação de Fernando Alonso como embaixador oficial do circuito. A operadora Fira Circuit, que assumiu a gestão do autódromo em 2024, está em busca de um novo contrato de dez anos com a FOM.
Apesar de cogitar possibilidades como o rodízio com outros circuitos, Samper reforçou que a prioridade é uma renovação permanente: “Todos os cenários estão sobre a mesa, mas o ideal é um acordo fixo. Não há pressa. O melhor é trabalhar com discrição para conseguir o melhor resultado possível”, completou.
