Ex-vice-presidente da Mercedes comenta sobre a temporada da equipe na F1

Após sete anos de domínio, a Mercedes parece estar perdendo o controle nesta temporada. Lewis Hamilton e Valtteri Bottas já estão 44 pontos atrás da Red Bull no campeonato de construtores e Max Verstappen também está à frente de Hamilton na classificação de pilotos.

Norbert Haug trabalhou para a Mercedes por mais de vinte anos como vice-presidente de automobilismo e foi pessoalmente responsável pelo retorno do fabricante à F1 em 1994. Em 1998, a McLaren ganhou o título de construtores, que foi repetido em 2009 com a Brawn GP. Em 2012, Haug deixou a Mercedes.

Em entrevista ao site ‘Sport1.de’, Haug fala sobre a forma atual de Verstappen e da Red Bull. “Parece que todo o pacote melhorou. Um piloto que é quase sempre sem falhas e rápido, um motor mais potente e um chassi aprimorado com uma eficiência tremenda e muita downforce”.

“Tudo isso juntos vai entregar os décimos decisivos, e talvez mais, como que a Red Bull conduza o máximo que precisa, que é o que as equipes inteligentes sempre fazem quando são superiores”, disse o ex-vice-presidente de automobilismo da Mercedes.

De acordo com Haug, a batalha pelo título ainda não acabou. “No passado, fui muitas vezes ridicularizado quando disse que a Mercedes nunca deveria ser descartada, mas no final sempre foi verdade. Às vezes, leva um pouco mais de tempo, mas essa avaliação sempre se tornou realidade”.

Para o ex-vice-presidente, a temporada ainda é longa e a Mercedes ainda não cederá. “Eu estaria muito enganado se a Mercedes agora visasse a próxima temporada”. E ele acredita que este título é tão importante para o piloto britânico quanto os sete primeiros. “Talvez ainda mais importante, se isso fosse possível”.

Mesmo assim, Haug acha que Verstappen tem as melhores chances para o título mundial desta temporada. “Ele provavelmente tem o equipamento técnico um pouco melhor no momento”.

“Em termos de direção, acho que ele e Lewis estão no mesmo nível, embora Max ainda não tenha provado que pode vencer de forma consistente, mesmo com um carro que fundamentalmente não é superior”, concluiu o ex-vice-presidente da Mercedes.