A série da Netflix, Drive to Survive, chega em sua quarta temporada na Netflix cumprindo sua missão: renovar e expandir o público da Fórmula 1.
O lançamento da quarta temporada da série Drive to Survive na Netflix, no dia 11 de março, dá o pontapé inicial para a temporada 2022 da Fórmula 1. Você já sabe qual será sua aposta para esta temporada? No ano passado, Lewis Hamilton e Max Verstappen travaram um duelo eletrizante pelo título de campeão até a última corrida da temporada, em Abu Dhabi. Junte sua pipoca e dê o play na série.
O material produzido pela Betway, site apostas F1, apresenta números interessantes sobre a audiência da categoria e as suas transformações ao longo do ano.
Pouco tempo atrás, antes da aquisição da F1 pela Liberty Media no fim de 2016, ainda na era Bernie Ecclestone, era inimaginável estar nos bastidores da categoria e poder acompanhar discussões, troca de farpas, empurrões e tudo que Drive to Survive proporciona aos fãs, mas também ao público em geral que acompanha a série pela Netflix. A Liberty Media chegou e abriu as redes sociais para as equipes e pilotos – pensando sempre em expandir e renovar a sua base de fãs – e o que era impensável no fim de 2016, Em 2019, viria a cereja do bolo com o lançamento da primeira temporada da Drive to Survive na Netflix.
A série não retrata simplesmente uma corrida de carros, ela transforma os dramas do esporte em narrativas de tirar o fôlego. Mais do que um filme, uma série, Drive to Survive é quase um reality show.
“Você tem de tudo, ninguém se segura, palavrões aos quatro cantos, diretores, chefes de equipe, pilotos rivalizando um com o outro, remorso, ódio, ciúme, amizade, espírito de equipe, decepção, a mistura completa do que é a Fórmula 1, mostrando que é muito mais do que uma corrida de carros”, é um dos comentários sobre a série facilmente achados na internet.
Drive to Survive é isso e muito mais. E devemos ela a Sean Bratches, ex-diretor de operações comerciais da F1. Isso de acordo com o produtor executivo da série, Paul Martin.
Logo que a Liberty Media chegou, Bratches identificou que a falta de presença digital, herdada de Ecclestone, era um grande problema para o crescimento do esporte. Com a proposta, por hora cumprida, de expandir e renovar o público da F1, foi idealizada a série Drive to Survive.
Audiência
De acordo com o levantamento da Betway, a audiência da F1 sofreu uma mudança nos últimos anos, partindo de uma herança deixada por Ecclestone para a Liberty Media, que foi a audiência da Fórmula 1 globalmente em queda. A missão era aumentar a visibilidade nas TV´s e redes sociais. No primeiro ano, em 2017, o primeiro aumento depois de uma queda de quase sete anos. A audiência na televisão foi de 1.4 bilhão de pessoas nos principais 20 mercados atendidos pela F1 – um aumento de mais de 6% comparado com 2016.
Em 2021, esse número aumentou para 1,55 bi (4% maior do que em 2020). O último GP da temporada, em Abu Dhabi, registrou a maior audiência do ano com 108,7 milhões de telespectadores (aumento de 29% em relação à mesma corrida em 2020).

Redes sociais “bombando”
A série Drive to Survive coroou o crescimento da Fórmula 1 nas redes sociais. Depois da aquisição da F1 pela Liberty Media, em 2016, o esporte passou por uma verdadeira revolução digital.
Começando pelo fim, em 2020 o engajamento da F1 nas redes sociais chegou a 1,54 bi de interações, com 49 milhões de seguidores. Em 2020 o aumento do engajamento foi de 99%, comparado com 2019. Isso significa que a filosofia de Ecclestone, em não se preocupar com a renovação do público da F1, era exatamente o que a Liberty Media não deveria fazer.
A Liberty Media criou um sistema completo para suas redes sociais. Além de informações, começou a trazer os bastidores da F1 para as redes. A própria F1 começou a gerar um conteúdo jamais visto na F1: vídeos de pista, bastidores, replays no YouTube. Com isso, as equipes também estavam liberadas para gerar conteúdo – e elas não decepcionaram.

Renovação da audiência
De uns anos para cá, ficou claro a expansão da F1 para o público mais jovem. Isso pode ser confirmado pelo Twitter, mas outro dado escancara a renovação do público que acompanha a Fórmula 1.
Dados da pesquisa oficial da F1, respondida de forma voluntária pelos fãs, esclarecem muito sobre isso. Em 2005, 35% dos que responderam a pesquisa estavam na faixa etária dos 25 aos 34 anos – os mais jovens, entre 16 e 24 anos, representavam 25% do total.
Em 2010, 30% tinham mais de 45 anos, 28% tinham entre 25 e 34 anos e apenas 19% representavam os mais jovens entre 16 e 24 anos. Esse número se igualou em 2017 e os mais jovens, entre 16 e 24 anos, foram maioria em 2021 com 40%.
Além da renovação, é possível enxergar o aumento do público. Em 2021, 167.302 pessoas responderam à pesquisa, o maior número desde 2005. Outro fato para comemorar é o aumento de mulheres fãs da F1. Em 2021, houve um aumento de 83% da participação feminina em relação a 2017.

Crescimento jamais visto nos Estados Unidos
Aumentar o público e popularizar a Fórmula 1 nos Estados Unidos é outro objetivo declarado da Liberty Media. Coincidência, ou não, a Netflix tem o maior número de assinantes nos Estados Unidos: são mais de 60 milhões de assinantes. E, embora os números não sejam divulgados oficialmente, acredita-se que o maior impacto da série foi nos Estados Unidos.
O Grande Prêmio dos Estados Unidos recebeu o maior público de sua história em 2021. Foram 400 mil pessoas nos três dias de evento no Circuito das Américas, no Texas. O México ficou em segundo lugar com 371 mil, seguido pelo Reino Unido com 356 mil.
Também no ano passado, a audiência de TV nos Estados Unidos registrou sete das 10 corridas mais assistidas da história nos Estados Unidos.

