Domenicali comenta sobre o calendário e as novas pistas da F1 no futuro

No ano passado e neste ano, a Fórmula 1 teve que ser extremamente criativa com o calendário, graças à crise da pandemia da Covid-19. Vários circuitos tiveram que organizar duas corridas em seguida e também houve rodadas triplas.

Em uma entrevista à GQ Magazine, o CEO da F1, Stefano Domenicali, disse que há espaço para 25 corridas no próximo ano e nos anos seguintes, mas que o número de 23 corridas está bom por enquanto. Mesmo assim, ele gostaria de ver algo diferente no calendário da categoria.

“Acho que 23 corridas é um número estável, embora no pacto de Concorde afirma que mais também é permitido. Então, quantas nós queremos na Europa, na América, no Oriente Médio, na Ásia e no Extremo Oriente? Vejo menos GPs na Europa, mais nos EUA e mais no Oriente Médio e na Ásia”, disse Domenicali.

O CEO da F1 foi questionado sobre se os fãs não ficarão desapontados com o desaparecimento de alguns circuitos clássicos. “Acho que não. É algo que faz parte da evolução de uma empresa, e isso é entretenimento”.

“Claro, temos consciência da importância da tradição e ela te dá os ingredientes para o futuro. Mas se você viver pela tradição, você não vive muito. Temos que construir as bases para o futuro”, afirmou Domenicali.

O atual chefe da F1 explicou que a categoria está em evolução e que os circuito mais tradicionais também precisam evoluir junto. “A magia de ter lugares que querem fazer parte do nosso negócio no futuro faz parte da nossa agenda. Não estamos olhando apenas para a beleza do futuro”.

“Esses lugares entendem que o mundo está mudando. Monza, para dar um exemplo, é único, mas Monza também precisa investir no futuro. As pessoas que chegam lá merecem. Você tem que crescer, você tem que responder. A pressão positiva que os recém-chegados colocam no sistema é grande”, concluiu o CEO.

Se haverá mais duas corridas na próxima temporada e que tipo de circuitos serão, resta saber no futuro. O que está claro é que, de acordo com o chefe da F1, o foco será colocado mais fora da Europa do que atualmente.