Diretor da Mercedes explica mudança de combustível na F1 e seus impactos nos novos carros

Este ano, a F1 vai estrear os novos regulamentos técnicos, visando a aproximar o grid e permitir mais disputas nas pistas. A próxima grande mudança na unidade de potência do esporte não é esperada até 2026, no entanto, um novo combustível está sendo colocado em jogo em 2022.

Anteriormente, as equipes eram obrigadas a usar 5,75% do combustível feito de biocomponentes, com regulamentos abertos sobre qual bioconteúdo era usado. No entanto, para 2022, todas as equipes devem usar 10% de etanol em sua mistura de combustível, o que a Mercedes descreve como uma grande alteração em relação ao ano passado.

O diretor administrativo da Mercedes High Performance Powertrains, Hywel Thomas, explicou sobre a mudança de combustível na F1. “A mudança deste ano, indo para o E10, é provavelmente a maior mudança de regulamentação que tivemos desde 2014”.

“O carro de 2022 é muito diferente. Sabemos que a aerodinâmica é diferente e, de todas as coisas que nos disseram, acreditamos que o carro fará coisas ligeiramente diferentes. Os pedidos dos pilotos serão diferentes à medida que passam pelas curvas em comparação com os anos anteriores”, disse Thomas.

O diretor da Mercedes admitiu que, com o novo combustível, há áreas com as quais a Mercedes está “realmente feliz” e “menos feliz”, mas afirma que estará pronta para fazer ajustes, se necessário, quando a temporada começar.

“Seremos capazes de reagir quando o piloto ligar a força de uma maneira um pouco diferente, talvez em um momento um pouco diferente. Claro, estamos absolutamente desesperados para chegar ao primeiro teste de pista para ver se essas simulações estão corretas”, contou Thomas.

O diretor da equipe alemã explicou que estarão prontos, se precisarem mudar algo na unidade de potência. “Esperamos que sim, caso contrário, estaremos prontos para ajustar o UP conforme necessário para garantir que o piloto receba exatamente o que deseja quando solicitar”.