Chefe da Pirelli diz que empresa ainda não tem presença garantida na F1 a partir de 2024

O chefe da Pirelli, Mario Isola, afirmou que não tem certeza do futuro do fabricante de pneus na F1 a partir de 2024. A empresa italiana entrou na categoria em 2011 para substituir a Bridgestone e permanece até hoje.

As falhas dos pneus nas três primeiras temporadas levaram a uma reestruturação da construção de borracha. E, com o tempo, a durabilidade dos compostos aumentou, mesmo que os problemas de superaquecimento ainda ditassem a estratégia e a quantidade que os pilotos poderiam pressionar.

A Pirelli supervisionou a transição para pneus de 18 polegadas para esta temporada e procurou introduzir compostos menos propensos ao superaquecimento quando um carro segue outro.

Com o processo de licitação para o fabricante de pneus a ser escolhido para F1 foi adiado devido à pandemia de Covid-19, Isola conta que a escolha de continuar na categoria está além de seu controle. “Obviamente, a decisão não está em nossas mãos, mas, em geral, estamos felizes com nossa experiência na Fórmula 1 e queremos continuar”.

“Tivemos uma extensão para 2024, mas você sabe que este contrato está sujeito a um processo de licitação e cabe à FIA decidir como gerenciar a situação junto com a F1”, afirmou Isola.

O processo de licitação permite que os fabricantes de pneus licitem essencialmente seu lugar no grid. A última vez que duas empresas de pneus se enfrentaram foi quando a Bridgestone e a Michelin se envolveram na ‘guerra de pneus’ da F1 até a saída do fabricante francês em 2006.

Sobre esse processo, o chefe da Pirelli explicou como será o funcionamento. “Geralmente a licitação é lançada, não no final deste ano, mas no meio do próximo ano, porque é o mesmo processo que tivemos no passado”.

“Isso significa que a decisão é para o final do próximo ano, para dar um ano ao vencedor da licitação para se preparar para a temporada. Esperamos discutir o futuro com a F1. Há muita coisa acontecendo e temos que discutir mais detalhadamente sobre isso. Mas é uma licitação, então no final depende da oferta e das características e dos elementos que estão incluídos na licitação”, concluiu Isola.