Ross Brawn descartou o cancelamento dos planos da Fórmula 1 de substituir as unidades de potência atuais após 2020.
O novo chefe desportivo da F1 já foi um bem sucedido diretor técnico da Ferrari, mas agora está lidando com a ameaça da marca italiana de abandonar a categoria.
“Eu fiquei bastante surpreso com essas reações”, declarou ele à ‘Auto Bild’, também se referindo à ameaça da Mercedes.
“Eu estava em algumas das reuniões e pensei que a direção estava clara. Todos concordaram unanimemente com as novas metas que os motores deveriam alcançar, e nós baseamos as novas regras nisso”.
Mas Brawn afirmou que os conflitos não são definitivos.
“É como um restaurante onde alguém gosta do aperitivo, mas não do prato principal, e vice-versa”, disse o britânico.
“É por isso que há novas discussões ocorrendo agora. Se as fabricantes oferecerem soluções melhores, estamos abertos, mas continuar com as unidades de potência atuais não é uma opção”.
Ele disse que “de 60 a 70 por cento” de todos os fãs da F1 querem motores mais barulhentos e “espetaculares”, enquanto as novas fabricantes não entrarão na categoria a menos que haja uma mudança.
Quanto à ameaça de saída da Ferrari, Brawn comentou: “É uma questão retórica.
“É claro que não queremos perder a Ferrari. A Ferrari se beneficia da F1 e a F1 se beneficia da Ferrari, mas toda parceria tem limites.
“Portanto, é uma questão do que a Ferrari pode aceitar e do que nós podemos aceitar. Mas toda parceria tem limites.
“Queremos encontrar soluções que mantenham todos na F1, e acima de tudo não queremos perder nenhuma equipe icônica.
“Elas são uma parte importante da F1, devemos respeitá-las e ouvi-las”, concluiu Brawn.
