Os organizadores e outras personalidades do automobilismo na América do Norte estiveram em alta na Conferência da FIA Sport, na Cidade do México, onde expuseram o seu ponto de vista que a ligação aos fãs é importante para o sucesso das várias competições, contrastando com a norma europeia, especialmente na Fórmula 1, de tornar o acesso aos eventos algo exclusivo.
Juan Pablo Montoya, ex-piloto de F1, vencedor das 500 Milhas de Indianapolis e ex-piloto da NASCAR, explicou que “a F1 precisa trabalhar muito nisto. Eles querem mantê-la como algo exclusivo, mas para crescer em certos lugares, como no México, eles têm que dar maior acessibilidade aos fãs. A razão porque eles falharam nos Estados Unidos é que as pessoas que iam às provas de IndyCar, onde podiam andar no paddock e sentir-se parte da ação. Na F1 foram à pista e só se sentavam nas arquibancadas”.
Scott Atherton, presidente da IMSA, organizadora do Tudor USCC e da Porsche GT3 Cup Challenge americana, entre outras competições, acrescentou que “tudo se resume a uma palavra: acesso. Num evento normal do Tudor USCC, quem compra um ingresso tem acesso ao paddock. E quem estiver lá a meia hora da largada, está convidado a ir ao grid. Disseram-nos que éramos malucos, como podíamos pôr os pilotos em risco, mas na segunda vez as equipes adoraram. Os fãs têm um grande respeito pelo evento, muitos pegam nos celulares para dizer aos amigos ‘nem vai acreditar onde estou agora'”.
Este tipo de iniciativa é comum na América do Norte em vários níveis, mas na Europa são poucas as competições que têm feito este trabalho para agradar aos fãs, destacando-se o ACO, com as 24 Horas de Le Mans, WEC e ELMS; a Renault Sport com os eventos da World Series by Renault; e a Eurosport Events com o WTCC e ERC.