Parece haver unanimidade na Fórmula 1 quanto ao futuro dos motores V6 Turbo híbridos. Mercedes, Ferrari, Honda e Renault estão de acordo na sua continuidade e, mais que isso, a sua evolução para os 1.000 ou mais cavalos, a partir de 2017.
O passo foi dado em reunião durante o fim de semana do GP do Bahrain, com os quatro construtores de motores decidindo continuar com os V6 Turbo, negando assim as pretensões de Bernie Ecclestone que pedia o retorno dos V8 aspirados.
“Precisamos fazer com que os Fórmula 1 sejam mais difíceis de pilotar”, explicou Bernie Ecclestone, um dos maiores defensores de alterações nos motores.
Para já, o “chefão” da Fórmula 1 exige apenas duas coisas: motores iguais para as equipes cliente e preços acessíveis. “Quem fornece motores tem de fornecer o mesmo motor. Se vai ser o atual motor com 1.000 cv, então ok, mas precisam fornecer a um preço que as equipes podem pagar”, alertou.
“Todas as marcas consideram que devemos preservar os V6 turbo híbridos”, disse o chefe de equipe da Mercedes, Toto Wollf que, em relação à meta dos 1.000 cv, que encara com toda a tranquilidade, como sendo algo ao alcance de qualquer um.
“Até 2017 os diversos motores deverão chegar aos 900 cv pelas evoluções que receberão. Não é muito até aos 950 ou 1.000, não é?”, questiona o dirigente.
A solução para o aumento da potência encontra-se no fluxo de combustível. Atualmente, os motores estão limitados a 100 kg de combustível por corrida e um fluxo de combustível de 100 kg por hora.
“Se aumentarmos o fluxo de combustível em 10 kg/hora ou 20 kg/hora, teremos mais de 1.000cv, mas aí teremos de redesenhar componentes cruciais do motor para torná-los mais confiáveis”, explica, alertando que: “isso envolve custos de desenvolvimento.”
Nos planos encontra-se ainda alterações como os pneus traseiros mais largos e alterações na aerodinâmica com o objetivo de tornar a Fórmula 1 mais espetacular.