Depois de nos anos passados diversos utilizadores dos Renault V6 terem sido obrigados a utilizar mais unidades motrizes dos que as permitidas pelo regulamento – e de utilizadores de Ferrari e Mercedes terem ficado “no limite” no final da temporada – a redução para um máximo de quatro unidades por piloto para todo o Mundial está causando preocupação até entre as equipes da frente.
Sendo normal que um motor cumpra entre 800 e 850 quilômetros por fim de semana, cada unidade terá de ultrapassar os 4 mil quilômetros para que os objetivos sejam atingidos e isso não será tarefa fácil para ninguém. No caso da Mercedes foi possível à equipe oficial efetuar os 12 dias de testes com apenas uma unidade motriz, mas algumas peças, como a MGU-K, tiveram de ser substituídas, o que quer dizer que nem mesmo os alemães conseguiram, para já atingir a confiabilidade necessária para evitar problemas durante a temporada.
Daí que nas primeiras quatro corridas da temporada a maior parte das equipes vá optar por rodar com acertos muito conservadores nos treinos livres, deixando para a classificação e a corrida a utilização do potencial máximo das suas unidades motrizes. Uma situação que poderá complicar um pouco o acerto dos carros, pois será necessário antecipar o aumento de performance enquanto se decide o ajuste para a classificação e a corrida.